O julgamento do ex-jogador Daniel Alves se encerrou nesta quarta-feira (7), sem uma decisão final. A audiência contou com a apresentação de provas forense e documentais, o depoimento do lateral e os argumentos dos advogados.
Não há um prazo definido para a apresentação da sentença do ex-jogador. Segundo a imprensa espanhola, tudo indica que a decisão possa sair no período de um mês. Cabe recurso no Tribunal de Apelação, segunda instância da Justiça espanhola.
COMO FOI O JULGAMENTO?
Neste terceiro dia, foi exibido as provas da medicina forense (forenses, psicólogos, analistas científicos, provas biológicas) e as provas documentais (com visualização de vídeos de câmaras de segurança). O depoimento do ex-jogador foi no final da audiência.
Segundo os médicos que avaliaram o caso, a denunciante chegou ao hospital com sentimento de medo. Além disso, foram observadas lesões nas partes laterais dos joelhos, indicando que ela pode ter sido pressionada a uma superfície áspera, como uma parede
”Em quedas, é normal que ocorram hematomas na altura de ambos os joelhos. Estamos diante de uma lesão lateral, na parte externa do joelho. Poderia ter sido contra uma superfície áspera que teria impactado. Estabelecer que esse foi o caso é muito complicado e complexo. Podem aparecer devido a diferentes circunstâncias”, explicou o médico.
Outro detalhe foi a falta de lesão vaginal. Os médicos disseram que é normal não ter lesão em casos de violência, mas não é conclusivo que não houve algum tipo de ferimento. – Estamos também acostumados a ver casos de violência em que não há lesões físicas. Nesse caso, não encontramos nenhuma lesão, mas não podemos dizer que não tenha nenhuma agressão – acrescentou.
A psicóloga que acompanhou a vítima, declarou que ela não apresentou “nenhum indicador nem nenhuma suspeita” de que “poderia estar exagerando ou simulando”. Segundo a profissional, a jovem apresentava sintomas relacionados a estresse pós-traumática.
– Uma série de sintomas que se desencadeiam e podem ser vistas na entrevista de que ela tinha uma situação pós-traumática. Ela ficava muito nervosa quando escutava (alguém) falar (em) português- disse a psicóloga. – Quando estamos com uma paciente que sofre com sintomas pós-traumáticos tão variados, é alguém que tem a sensação de perder o controle da vida e das emoções – concluiu. Com informações do Lance.com