O juiz federal Sérgio Moro decidiu nesta quarta-feira (7) que os recibos entregues pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comprovar o aluguel de um apartamento na cidade de São Bernardo do Campo, no interior de São Paulo, não são falsos. No entanto, Moro apontou que vai decidir sobre a falsidade ideológica dos documentos apenas na sentença. ”O incidente deve ser julgado improcedente quanto à falsidade material dos recibos e, quanto à falsidade ideológica, a resolução da questão deve ser postergada para a sentença na ação penal”, escreveu o juiz na decisão desta quarta. O imóvel é investigado no âmbito da Operação Lava Jato. Uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) aponta que o engenheiro Glaucos Costamarques o comprou com dinheiro da Odebrecht. O apartamento seria repassado para Lula como forma de propina, em troca de contratos com a Petrobras. A defesa do ex-presidente nega a acusação e alega que o imóvel é alugado. Lula responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Outras sete pessoas são réus no processo.