Uma audiência pública regional marcou a agenda do município de Jequié nesta segunda-feira (29). Organizado pelas Lojas Maçônicas, Rotarys, Conselho Municipal de Saúde, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Câmara Municipal e Prefeitura de Jequié, o encontro discutiu a implantação da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) e a autonomia do Núcleo Regional de Saúde (NRS) que é, atualmente, vinculada ao município de Ilhéus.
Entre os participantes do encontro, dezenas de gestores de Saúde dos municípios dos territórios Médio Rio das Contas e Vale do Jiquiriçá, além de prefeitos, vereadores, moradores das cidades da região e usuários dos serviços de Saúde, que conclamaram o apoio do governo do Estado para que tanto a UNACON quanto o retorno do NRS seja efetivado. Durante os pronunciamentos, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Celso Argolo, firmou apoio à campanha UNACON JÁ e disse que o momento agora não é de politicagem nem de rusgas partidárias e sim, é a hora de Jequié ter a sua unidade de tratamento contra o câncer.
O prefeito do município, Zé Cocá (PP) reforçou a fala dos demais presentes e se colocou a favor da UNACON, cuja a habilitação já foi autorizada pelo Governo Federal e alfinetou o deputado federal Antônio Brito (PSD), afirmando que o opositor vem articulando para que o equipamento não seja implementado em Jequié, o que segundo Cocá, prejudica milhares de pacientes que são obrigados a procurarem tratamento distantes de suas cidades, afetando na recuperação dessas pessoas. ”É uma luta que nós temos que estar juntos, esquecer quem vai ganhar votos com isso. Quando iniciamos esse mandato, nós tínhamos em média mil pacidentes no TFD, hoje estamos chegando acima de dois mil e quinhetos pacientes todo mês no TFD. Então, são números alarmantes e nós temos problemas crônicos com pessoas que saem daqui 01h para voltar no outro dia meia noite. Sabe o que é que me deixa triste ? É ouvir de um assessor do deputado da Santa Casa dizer em Jaguaquara que o deputado trabalha para que não aconteça isso no Hospital Santa Helena e que isso venha a acontecer lá, na Santa Casa. Nós não podemos perder mais tempo, nós não podemos entrar no debate medíocre nesse momento. A entidade Santa Casa precisaria de um prazo de três ou quatro anos, no mínimo, para ter a UNACON funcionando”, disparou Zé Cocá.