A divulgação do resultado de uma pesquisa, que reprova a atuação tanto da Prefeitura de Jequié quanto da Câmara Municipal, vem revirando o juízo de muita gente em Jequié. Segundo informações transmitidas pelo vereador José Simões de Carvalho, na sessão ordinária de quarta-feira (20/5), a administração da prefeita Tânia Brito tem uma rejeição de 94% e a Câmara 96%. Muitos dizem nem acreditar porque os índices são muito elevados. Como pode ser observado no que disse Zé Simões, a avaliação negativa da Câmara supera a da prefeita. Tal fato não deixa de ser surpreendente, afinal; até então era difícil imaginar que a avaliação negativa da administração de Tânia Brito viesse um dia ser batida. Pois é. Em matéria de rejeição, a Câmara ganha do governo de Tânia, sinal de que tem alguma coisa errada. Não em relação a pesquisa, mas no que diz respeito a Câmara. E não é culpa do atual presidente. É bom dizer isso para não pensarem que é culpa de Fiim, que tem sido um bom presidente. Os vereadores devem, se desejarem, analisar o que vem se passando para tentar corrigir possíveis falhas e assim, diminuir o risco de não renovarem seus mandatos nas eleições de 2016.
Vários vereadores disseram que trabalham muito, apresentam requerimentos e indicações, denunciam, fiscalizam, fazem discursos, participam de reuniões, etc. E tudo isso é verdade. Ocorre que o resultado de todo esse trabalho pouco beneficia a população, pelo menos é o que mostra a pesquisa anunciada por Zé Simões. Vários deles disseram que nada podem fazer e jogaram a culpa para cima da prefeita. ”Quem tem a caneta é ela”.
A reprovação da atuação da Câmara não impressiona. Apesar de alguns vereadores se destacarem, certo é que o trabalho como um todo é considerado muito fraco. E isso não é de agora, não. O povo já demonstra sua insatisfação faz tempo. Mas, a essa altura do jogo, pouco adianta ficar resmungando ou tentando justificar o que podemos classificar de fracasso. O importante é mudar a maneira de atuação. Já falamos isso aqui.
Descolar a Câmara da imagem da prefeita pode ser uma alternativa, pois muitos enxergam o legislativo uma extensão do executivo. Tal hipótese parece verdadeira, tanto que o índice de rejeição da Prefeitura e da Câmara é muito parecido, 94% e 96%, respectivamente. Seja lá o que for, é bom colocar a barba de molho porque, se não encontrarem uma estratégia para mudar de rumo, pelo andar da carruagem, poucos vereadores conseguirão se reeleger nas próximas eleições em Jequié. *Por Souza Andrade