Os hospitais regionais de Brumado, Caetité e Jequié tem registrado aumento exponencial de casos de crianças com síndromes respiratórias nos primeiros meses deste ano de 2022. A situação gera preocupação, conforme reportagem do G1 e da TV Sudoeste.
O Hospital Regional de Brumado, por exemplo, registrou um aumento de mais de 100% nos casos de crianças com síndromes respiratórias, nos primeiros cinco meses deste ano, em relação ao mesmo período de 2021, informa o G1 com base em do pediatra Tomaz Caires.
O que chama atenção do número de crianças atendidas com quadro de síndrome gripal, é a gravidade desses casos. ”As crianças estão chegando com muita gravidade, com muita falta de ar, cansaço, algumas com insuficiência respiratória muito intensa e necessidade de leitos de UTI”, explicou o pediatra.
Em outras cidades da região a situação não é diferente. Em Caetité, comparando maio de 2022 com o mesmo período de 2021, o aumento de síndrome respiratória, em crianças de até 12 anos, é de 350%.
Já em Jequié, de janeiro até o dia 18 de maio deste ano, o aumento no número de atendimentos foi de 705%, em relação ao ano anterior, informa a reportagem do G1 Bahia.
Em Vitória da Conquista, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, do início do ano até o dia 17 de maio, foram notificados 2.492 casos de síndrome gripal em crianças de até 12 anos, sendo que 608 deles foram confirmados para Covid-19.
“Nesse momento há a tendência de maior ocorrência de síndromes gripais por causa das baixas temperaturas e principalmente da circulação viral que também se aumenta nesse período. A gente chama de período sazonal, favorável para o aparecimento de síndromes gripais”, disse a diretora de Vigilância em Saúde de Vitória da Conquista, Ana Maria Ferraz.
De acordo com Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), 19 das 23 vagas de UTI pediátrica na Bahia estavam ocupadas até o dia 17 de maio (83% de ocupação). Vitória da Conquista tem 2 leitos de UTI pediátrica no Hospital Geral (HGVC). Os dois também estão ocupados. ”São crianças que chegam com quadros respiratórios virais, mas que depois evoluem para uma pneumonia complicada”, contou a diretora clínica do HGVC, Maria Teresa Barcia.