Os comerciantes ambulantes que atuam no centro de Jequié rebelaram em relação à decisão da Prefeitura para ocuparem um espaço demarcado na Rua Arthur Pereira (próximo ao Centro de Abastecimento Vicente Grillo) e, abandonaram o local, retornando com seus tabuleiros e barracas para as laterais das vias públicas onde atuavam anteriormente. O episódio ocorrido na quarta-feira (17), quando um vendedor de cocadas sofreu a agressão por parte de um guarda municipal, na Praça Ruy Barbosa, demonstra ter fortalecido a luta dos informais. ”Não vamos aceitar ser tratados como bandidos. Só sairemos se formos todos presos”, relatou uma das comerciantes indagadas pela reportagem, sobre a decisão de contrariar a orientação da Secretaria de Infraestrutura da Prefeitura. A Prefeitura tem justificado que a mudança está sendo feita com base a Lei Municipal e seguindo recomendação do Ministério Público, em relação à preservação das calçadas para os pedestres. A principal alegação dos camelôs para não aceitarem o local para onde foram transferidos, é de que não estão conseguindo vender suas mercadorias. “Teremos que aceitar passivamente, ser retirada condição de levarmos o sustento das nossas famílias?”, indagou um ambulante. Segundo ele, permanecendo no local escolhido pela Prefeitura, ”nossa família vai passar fome, não conseguiremos pagar os nossos compromissos”. Até a postagem dessa notícia no site Jequié Repórter, na manhã de hoje, a Prefeitura ainda não havia se pronunciado sobre o assunto.