O candidato do PSD à Prefeitura de Jaguaquara, Raimundo do Caldo, usou as redes sociais para demonstrar sua indignação com o cancelamento de uma sabatina com candidatos ao Executivo local, ele e a prefeita Edione Agostinone (PT), além postulantes ao cargo de vice das duas chapas que disputam o pleito eleitoral, que seria realizada por uma rádio comunitária, Jaguar FM. Em um vídeo que circula desde sexta-feira (27) nas redes sociais, publicado inicialmente na página do candidato no Instagram e reproduzido em grupos de WhatsApp Raimundo acusa a direção associação responsável pela emissora de não ter cumprido a realização das entrevistas, que seriam respectivas, em dias diferentes, com os prefeituráveis. No vídeo, Raimundo revela que recebeu uma ligação da direção buscando entendimento para o cancelamento da sabatina, cujas participações ocorreriam através de sorteio e acusa a candidata à reeleição, Edione, de ter desistido da sabatina e disse ter sido vetado pela rádio de conceder a entrevista, conforme combinado, segundo o candidato.
Em seu pronunciamento, o que chama a atenção nessa história é a questão contratual da rádio comunitária com órgãos públicos, Prefeitura e Câmara de Vereadores, o que não seria permitido, em face do Tribunal de Contas dos Municípios recomendar que rádios comunitárias não podem formalizar vínculos contratuais por funcionar sem fins lucrativos. Como o candidato conseguirá comprovar, não se sabe, mas com papéis em mãos, ele denunciou os contratos. ”Na terça-feira, o diretor-presidente me ligou querendo chegar a um entendimento para se cancelar essa sabatina e eu falei que não aceitaria o cancelamento, porque é um momento importante para a gente demonstrar o nosso plano de governo, as nossas propostas para com o nosso povo e, simplesmente por conta do poder econômico a nossa candidata adversária não participou, porque ela não tem o que apresentar a sociedade, por isso, mais uma vez ela foge de uma sabatina, nós cobramos o tempo todo um debate. Estou aqui para expressar minha indignação e nós precisamos de uma imprensa livre, democrática. Nós temos aqui os documentos que comprovam que a rádio tem um contrato com a prefeitura, no valor de sete mil reais e nós temos outro documento que comprova que a rádio tem contrato com a câmara de vereadores no valor de seis mil, oitocentos e cinquenta reais. Será que são essas as razões de cancelar essa sabatina?’’, questiona o candidato que concluiu a fala usando o termo ”ditadura”. A direção da associação, por meio de arte gráfica, um card publicado no Instagram negou o agendamento de sabatina com Raimundo, mas admitiu o cancelamento e que a coligação que representa a campanha do candidato foi notificada antecipadamente sobre o cancelamento da polêmica e não realizada sabatina. O card diz ainda que a rádio preza pelo princípio da equidade e justifica que, considerando a ausência dos demais candidatos, incluindo o vice da chapa de Raimundo decidiu não conceder o espaço a apenas a um postulante. O assunto rende comentários na cidade e as últimas informações são de que o vereador Rodrigo Dias (PSD), candidato à reeleição e filho de Raimundo promete levar o caso formalmente ao conhecimento do TCM/BA, para que o órgão se posicione. Até este sábado, Prefeitura e Câmara de Jaguaquara não se manifestaram.
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