Com a proximidade do final do ano, a Prefeitura de Jaguaquara começa a tomar o rumo do reequilíbrio das contas públicas, com a decisão do prefeito Giuliano Martinelli (PP) de tentar economizar recursos para fechar as contas até o final de 2015. Alegando dificuldades financeiras, e com a justificativa que há uma necessidade de reequilíbrio das contas públicas, o chefe do Executivo local anunciou nesta semana que demitirá cerca de 400 funcionários contratados, atuando em diversas áreas da gestão pública municipal. ”Infelizmente eu não queria, mas basicamente, com exceção da secretaria de Educação, todos os contratos da Prefeitura findam-se no dia 31 de outubro do corrente ano. Então, terá sim que ser feito um corte e, corte esse, que nós vamos justificar para essas pessoas que serão retiradas da folha da prefeitura que não é uma coisa apenas de Jaguaquara e acontece isso todos os anos, em todas as prefeituras e não é nada que as pessoas não conheçam”, justificou, em entrevista na quarta-feira (28/10) a Rádio Povo AM de Jaguaquara. O gestor chegou a falar em demissão em massa, mas assegurou a manutenção de parte dos servidores contratados. ”Ficou decretado, através de uma reunião que nós tivemos com a contabilidade, que teriam quer ser retirados todos os contratos, mas nós sabemos que não se pode parar PSF, não se pode parar, hospital, escolas e, então, a gente vai ter que ter um critério. Eu quero pedir para essas pessoas que tenham um pouco de cautela. Precisamos ajustar as contas da prefeitura para chegarmos ao final do ano honrando 13º e os salários de dezembro dos servidores efetivos”. O prefeito revela preocupação com a medida de contenção de despesas, tendo afirmado que os cortes atingirão, também, servidores públicos detentores de cargos comissionados no governo. ”Esse corte muito me preocupa, porque não vai se estender apenas a contratos. Nós teremos que mexer com alguns comissionados também, por conta de não conseguirmos honrar, dentro do mês, os salários. Já estão em atraso, já foram retiradas as gratificações e a gente ver que não está minimizando a dificuldade pela qual passa a prefeitura”, lamenta Giuliano Martinelli, relembrando que hoje sua gestão sofre com problemas financeiros por conta da crise que o País enfrenta e por ter assumido dívidas deixadas da gestão anterior, quando arcou, em 2013, com salários atrasados da última administração, que se findou em 2012.