A realização do São João 2015, no município de Jaguaquara, no Vale do Jiquiriçá, um dos destinos mais procurados pelos baianos durante os festejos juninos, ainda não está confirmada pela Prefeitura. A dois meses da principal festa do calendário de eventos do município, o prefeito Giuliano Martinelli (PP) disse que, este ano, ”só um milagre garantirá a festa de São João em Jaguaquara”, segundo publicação do Jornal A Tarde desta semana. ”Acredito que não virá nada da Petrobras, todo mundo está alegando crise. Ninguém hoje tem condições de arcar com a festa apenas com recursos próprios”, disse Martinelli ao A Tarde. Apesar da afirmação do gestor, de que sem apoio da Petrobras será inviável realizar o evento, em 2014, a estatal destinou à Jaguaquara apenas R$ 50 mil, segundo o próprio alcaide e, a festa, mesmo modesta, aconteceu. No ano passado, o governo e Petrobras investiram, juntos, R$ 21,7 milhões no São João da Bahia. Agora, em meio a escândalo de corrupção, a Petrobras ainda não anunciou patrocínio. Nesta terça-feira (28/4), em entrevista a rádio local, Povo AM 1570, Giuliano voltou a falar sobre os festejos juninos e lamentou a crise financeira, que segundo ele é enfrentada pela Prefeitura. ”Todo mundo falando em crise, falando em falta de recursos, recursos que não chegam desde janeiro e se falar numa festa junina, seria incoerência, eu acho, nesse momento, mas o São João de Jaguaquara é uma tradição. O que eu preciso agora é de apoio. A realização do São João pela Prefeitura todo mundo sabe que não tem condição nenhuma, nenhuma e eu já deixei bem claro que, se não tiver parceria, infelizmente não acontecerá o São João”, declara o prefeito, que diz estar na dependência de convênios com a Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado – Bahiatursa e apoio do comércio local, através da Câmara de Dirigentes Lojistas de Jaguaquara –CDL, que promoverá, nos próximos dias, um encontro do chefe do Executivo com os seus associados. A reunião com comerciantes será para discutir parcerias que possam resultar na viabilização da realização do evento, sem causar prejuízo aos cofres públicos. Nos dois anos anteriores, a tentativa do prefeito de angariar recursos dos comerciantes foi frustrada. O comércio não colaborou. ”Os comerciantes irão discutir comigo, para chegarmos a um acordo, se existe alguma ajuda do comércio. Nós sabemos que nenhum comércio está passando por bom momento, porque a crise é geral. O São João não é apenas bandas, estrutura, ornamentação, é muita coisa. Se eu tiver ajuda, nesse momento, como estou precisando, do comércio local, do poder público estadual, como já foi sinalizado, eu tenho certeza que nós conseguiremos fazer o São João, para continuar com a tradição junina do nosso município e que acalente o clamor do povo, que não tem direito de pagar pela crise que aí está”, completou.