Os últimos dias tem sido agitados na política de Jaguaquara, pelo menos na imprensa, nas rede sociais e no discurso dos candidatos, que passaram a ser mais ásperos a partir de uma sabatina promovida entre os postulantes aos cargos de prefeito e vice-prefeito pela Rádio Povo, emissora do Sistema Pazzi de Comunicação. A campanha no maior colégio eleitoral do Vale do Jiquiriçá, que até então era considerada morna, ganha dias de troca de ataques entre adversários com uma mudança de postura do candidato da oposição, Raimundo do Caldo (PSD), que apesar de ser caracterizado pelo comportamento passivo e não ter feito críticas a gestão da prefeita Edione Agostinone (PP) durante os quatro anos de mandato da gestora resolveu adotar um discurso duro em relação a sua opositora na disputa, tendo insinuado na entrevista que a prefeita poderia ser alvo da Polícia Federal. E como toda ação gera reação, essa é a lei da vida, a prefeita não fugiu do embate e, ao participar da sabatina na mesma emissora, usou boa parte do tempo para se defender das críticas de Raimundo e aproveitou para fazer revelações sobre uma possível aliança dela com o adversário, o que por imposições dele não aconteceu, segundo Agostinone.
”Ontem mesmo já receberam um processo e cada palavra, se fora dez, será dez processos, porque quem fala, tem que provar. Então, eu quero dizer a vocês que o meu perfil não é esse, vocês nunca viram aqui em rádio falando mal de ninguém, eu gosto de beijar, de ajudar, de fazer o bem, o bem sim, faz parte da minha vida. Agora, eu não vou admitir que um candidato que foi até a minha casa, entrou na minha residência, sentou no meu sofá e me fez a propostas dele, pedindo o lugar de Nei Cabeludo, pedindo o lugar de Nildo Pirôpo, presidência da câmara para o filho, pedindo a direção do hospital de Flávia, para botar a família dele”, revelou Edione em dado momento da polêmica entrevista, nesta sexta-feira (13).
Eleitores de ambos receberam como surpresa, outros como confirmação a revelação da prefeita sobre o encontro com Raimundo, assunto que já era comentado nos bastidores. A prefeita não revelou a data do encontro, mas a aliança chegou a ser cogitada no período de pré-campanha e era desejada até pelo governador Jerônimo e pelo ministro Rui Costa, caciques do PT baiano, que depois de terem convencido a prefeita a trocar o PP pelo PT tentaram a união dos aliados em Jaguaquara.
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