Morreu na manhã de segunda-feira (26/6), no Hospital Municipal de Jaguaquara, o sanfoneiro Everaldo Ferreira dos Santos, o Grande do Acordeon, um dos músicos mais velhos da região do Vale do Jiquiriçá. Depois de ser homenageado durante os festejos juninos pela Prefeitura de Jaguaquara, que denominou a Vila Junina de ”Grande Vila”, Grande faleceu aos 63 anos, um dia após a festa de São João ser encerrada na cidade. Ele enfrentava problemas de saúde, segundo familiares. Os últimos dias de vida do músico foram passados em meio à luta pela sobrevivência e pela permanência do autêntico forró. Tido por muitos que o contratavam como um dos sucessores de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, Grande tocava desde criança na humilde residência dos pais no bairro Casca, José e Etelvina, que faziam questão de abrir a porta da casa para que os amigos pudessem ver de perto um sanfoneiro, que encantava a todos com a sua sanfona, instrumento tão raro à época. Chamava a atenção pela tamanha simplicidade, e chegou a conquistar também os paulistanos, quando ainda jovem decidiu passar uma temporada em São Paulo, sendo referência para o público migrante nordestino baiano. Voltou à Bahia, depois de constituir família e retornou à Jaguaquara, sua terra natal, com a esposa Vera e os filhos Alan e Alex, dupla que também se dedicou ao forró por um período, tocando triangulo e zabumba, formando com o pai o grupo Grande e os Filhos do Forró. Ao longo dos anos, Alan e Alex desistiram da música e foram trabalhar em SP, mas Grande continuou a carreira de brilho próprio, fazendo parceria com outros músicos. Sua presença nos festejos juninos era coisa certa, desde encerramento de escola a festas públicas e privadas. A notícia da sua morte comoveu músicos, fãs e amigos, que usam as redes sociais para lamentar a perda do grande forrozeiro.