A possibilidade de unidade da base aliada do Governo do Estado em Jaguaquara, ou seja, aliança entre a prefeita Edione Agostinone (PP), que ainda se oficializará no PT e Raimundo do Caldo (PSD), desde as primeiras declarações do governador Jerônimo Rodrigues (PT) sobre o assunto tem irritado aqueles que se autoclassificam como cientistas políticos, prós e contras, interessados no processo, que chegam a dizer que são matérias plantadas quando notícias da desejada aliança do Governo entre PT e PSD são veiculadas.
E se as notícias incomodam, se acham que são apenas especulações, se haverá união ou não, só os atores da política poderão dizer, entre eles, o governador, que nem precisa mais ser questionado para tratar publicamente do assunto, enquanto os aliados locais adotam a lei do silêncio e ficam de camarote com seus correligionários fazendo suas análises e interpretações do que sai na imprensa. Analisar, interpretar, opinar, são direitos de todos, dentro do processo democrático.
Mas vamos lá. Em coletiva, na tarde de quarta-feira de cinzas, durante visita a Manoel Vitorino, Jerônimo voltou a falar da união da base política para disputar as prefeituras baianas e, mais uma vez, citou o caso de Edione e Raimundo, de Jaguaquara, maior colégio eleitoral do Vale do Jiquiriçá como exemplo das articulações. ”Nós somos de um grupo político que ouve, que não toma decisão de cima para baixo e temos um padrão de movimentação política, unidade nos municípios. Onde tiver banda A, banda B, banda C, nós buscaremos a unidade. É possível que em algum lugar não tenha, e se não tiver a unidade nós encontramos uma saída, mas não machucaremos ninguém que acompanhou a gente. Nós trabalhamos com a gratidão, pegar o exemplo de Jaguaquara, temos a prefeita que me acompanhou e temos a chamada banda B, com Raimundo do Caldo que também nos acompanhou, amigo. Então, vou trabalhar, vamos encontrar uma saída, mas ninguém será maltratado. Vamos ouvir, como é que será o acordo, as combinações, já dei o recado no Entroncamento de Jaguaquara, tenho um carinho muito grande por Edione, por Raimundo, frequento as duas casas e um sabe que eu faço isso em relação ao outro”, disse o chefe do Executivo estadual sem ao menos ser questionado sobre Jaguaquara, e posteriormente foi perguntado de um desfecho sem diálogo entre Edione e Raimundo, ambos que dão sinais de candidaturas opostas, e reafirmou que vai buscar a união até o limite. ‘’caso não haja, viva a democracia’’.
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