Cresce a expectativa em torno do anunciou da conclusão, por parte da 9ª Coorpin, do inquérito que investiga o assassinato do policial Civil Dilton Carlos Costa Silva, 54 anos, morto a tiros, no centro de Jaguaquara, no dia 2 de abril deste ano. Um mês depois deste fato, também são aguardadas mudanças na estrutura da segurança pública na cidade, a maior do Vale do Jiquiriçá, conforme chegou a ser ventilado. É que, na efervescência do ocorrido, criou-se uma grande ilusão quanto a melhorias na parte física da Delegacia de Polícia, que se encontra com sua estrutura defasada, assim como o aumento do efetivo, além de possíveis alterações nos quadros da Polícia Civil local.
Em relação a apuração da morte do policial, a 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior informou ao Blog Marcos Frahm, na noite desta quarta-feira (6/5), através do delegado regional Fabiano Aurich, que as investigações caminham regularmente, mas nenhuma informação pode ser antecipada para evitar possíveis prejuízos aos trabalhos dos investigadores. Quanto a estrutura da antiga Delegacia, a situação da cidade de Jaguaquara é do conhecimento da cúpula da segurança pública do Estado e que mudanças são aguardadas por todos. Como nenhuma mudança ocorreu nesse período de um mês, percebe-se uma grande inquietação na cidade por parte da própria população. Pessoas ouvidas pelo BMF afirmam que a demora na divulgação do resultado das investigações em volta da morte de Dilton Carlos e na melhoria da estrutura, são fatores que fazem aumentar a sensação de insegurança em Jaguaquara. ”Diante de um crime de tamanha repercussão como este de Dilton, toda essa lentidão só faz aumentar a sensação de impunidade, pois ele um agente que não media esforço para dar segurança a população, e poderia até ter seus defeitos, como nenhum outro é perfeito, mas trabalhava sem parar”, disse um morador ouvido pelo Blog.
O ASSASSINATO EM PLENA PRAÇA PÚBLICA
O policial Dilton Carlos, com mais de 20 anos de profissão, era lotado na Delegacia Territorial de Jaguaquara, área de abrangência da 9ª Coorpin/ Jequié e foi atingido por tiros de revólver enquanto dirigia um carro Volkswagen Crossfox, de cor preta, quando saia com o veículo pós ter estacionado o automóvel na Praça Guilherme Silva enquanto fazia compras num supermercado. De acordo com testemunhas, os disparos foram feitos por um indivíduo que teria seguido o policial na garupa de uma moto, em companhia de um comparsa. Dilton Carlos, mesmo baleado, sem socorro algum, conseguiu chegar ao Hospital Municipal conduzindo o próprio carro e, só depois de cerca de uma hora, foi transferido ao Hospital Geral Padro Valadares, em Jequié, mas não resistiu aos ferimentos à bala e faleceu dentro da ambulância do Samu, na BR-116. O laudo de necropsia comprovou que a causa da morte foi asfixia. Pessoas próximas a vítima chegaram a acusar o Hospital Municipal de Jaguaquara de negligência, pedindo apuração das circunstâncias em que morreu o policial. O assassinato de Dilton causou grande comoção no município. O velório e sepultamento atraíram milhares de pessoas, inclusive delegados e policias, de várias regiões do Estado, sendo considerado pela maioria o maior cortejo fúnebre da história de Jaguaquara. Dois dias depois do enterro, o corpo de um jovem de 19 anos, foi encontrado na localidade do Alto da Serra, área rural do município, e a polícia disse acreditar ter ligação com o assassinato do policial, mas a 9ª Coorpin negou que tenha sido a Civil quem matou o jovem, cuja família afirma não haver nenhuma relação com a morte do investigador. Em resumo, um mês após o crime, o caso ainda é um mistério para os jaguaquarenses.