No que pese o município de Jaguaquara ter conseguido uma liminar durante o Plantão Judicial de início de ano para impedir a redução da alíquota que define os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) – relembre, um mundo de incertezas cerca o futuro da maior cidade do Vale do Jiquiriçá quanto ao seu número de habitantes e seus impactos na economia e na política.
Tudo dependerá dos números finais do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que não são nada favoráveis. Por enquanto, conforme já relatado pelo BMFrahm o município aparece nas prévias do órgão com menos de 50 mil habitantes, 46.026, número menor do que a estimativa anterior, quando eram 54.673, o que resultará em duras consequências a partir da diminuição da fatia do bolo tributário da União, leia-se FPM. Afora isso, haverá o corte de duas cadeiras no legislativo local, que também é uma situação indesejável e lamentável.
Na cidade são muitas as queixas com relação a falta de transparência por parte do poder público municipal e muitos questionamentos referentes a ausência de um maior engajamento, principalmente na parte início da coleta, que foi prorrogada. São críticas quanto a maneira como o Censo foi conduzido pelo IBGE, que enfrentou sérios problemas no País, com atrasos, número reduzido de pesquisadores e pouca divulgação nos meios de comunicação de massa, até a falta de apoio de parcela da população e dos próprios poderes públicos, que não teriam se esforçado o suficiente para assegurar uma melhor coleta de dados. Depois do revés na primeira etapa do Censo, a gestão municipal começa a correr atrás do prejuízo para tentar reverter os números. Antes tarde do que nunca!
*por Marcos Frahm