O novo coronavírus, além de mudar a rotina dos circenses que integram o elenco do Circo Superfantástico, parado em Jaguaquara há quatro meses, trouxe sérias dificuldades para eles. Armado em um campo ao lado de um posto de saúde na Rua Pedro Tavares Cafezeiro, no bairro Palmeira, o Circo ficou impedido de apresentar os seus espetáculos por causa da pandemia, que gerou decretos municipais com medidas restritivas, proibindo a realização de eventos na cidade, desde o dia (18) de março.
De acordo com o diretor, Carlos Gomes, em conversa neste sábado com o Blog Marcos Frahm, 24 pessoas, incluindo 05 crianças e uma gestante integram o Circo, e estão se sentindo com pés e mãos atadas, sem poder fazer o que mais gostam que é a apresentação artística no espetáculo.
Segundo Carlos, a equipe está sobrevivendo de ajuda da população, inclusive comerciantes, que levam ao Circo fraldas e alimentos. ”Nós dependemos da bilheteria para sobreviver, mas como não estamos podendo realizar os espetáculos estamos contando com a ajuda da população. Alguns funcionários foram trabalhar na Ceasa da cidade e outros estão nas ruas vendendo ovos, se virando. É triste, né? Ver o circo assim. A gente nunca passou por isso antes”, lamentou.
Quem quiser fazer as doações a equipe está no mesmo local, e diz ser grata pelas colaborações. ”Nós pretendíamos sair daqui para armar o circo em Santo Antônio de Jesus, mas infelizmente não é possível ainda e não sabemos quando voltaremos e levar alegria para o povo”, concluiu.