O mês de setembro será decisivo para o destino político do prefeito de Jaguaquara, Giuliano Martinelli (PP), que também ocupa o cargo de vice-presidente institucional da União dos Municípios da Bahia – UPB. Este é prazo final para que a Câmara de Vereadores vote o parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que rejeitou as contas referentes ao exercício de 2014, e na ocasião aplicou multa de R$61.200,00, equivalente a 30% dos subsídios anuais, pela reincidência na extrapolação dos gastos com pessoal, e de R$3.000,00, por falhas contidas no parecer [relembre aqui]. A diferença é que agora Martinelli dificilmente conseguirá evitar que as contas sejam analisadas pela Câmara Municipal, como aconteceu no ano passado. Em 2016, vereadores da oposição chegaram a recorrer a Justiça para que as contas fossem colocadas em pauta, antes da posse de Giuliano, reeleito prefeito. Na época, o então presidente, Élio Boa Sorte Fernandes (PP), aliado do gestor, negou haver postergação, e as contas não foram apreciadas, mesmo a maioria dos parlamentares sendo governista. Agora, a situação atual do alcaide na sede do Legislativo não é tão diferente, uma vez que, dos 15 vereadores, 13, inclusive o presidente, Élio, reeleito para o cargo em eleição da Câmara em janeiro deste ano, integram a base do prefeito. Estes podem se juntar e garantir a Martinelli uma vitória esmagadora, na sessão de quarta-feira (6), impedindo-o de ficar inelegível pelos próximos oito anos. Para ter as contas aprovadas, apesar de todas as informações técnicas mostrarem que devem ser rejeitadas, um prefeito precisa que dois terços dos vereadores votem contra o parecer do TCM. A informação é de que a bancada governista votará unida, garantindo mais de 10 votos a Giuliano Martinelli, ultrapassando o número necessário para aprovação no julgamento ”político” da Casa.