A decisão da votação da denúncia contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB) na Câmara dos Deputados repercutiu nos corredores da Câmara de Vereadores de Jaguaquara. Na abertura dos trabalhos legislativos após período de recesso, na noite desta quarta-feira (2/8), os vereadores do município dividiam atenção entre a sessão da Casa e a votação do Congresso. Os edis estavam atentos a votação em Brasília, acompanhando, via internet, através de seus aparelhos celulares. Tão logo terminou o processo de votação do parecer apresentado pelo deputado Abi-ackel (PSDB-MG), que pediu o arquivamento da peça acusatória elaborada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que acusa Temer de prática de corrupção, o vereador Edilson Barbosa, presidente municipal do PSD, comemorou. Mas para quem pensou que o edil estava contente com o resultado, que culminou em vitória de Temer, por 263 a 227 votos, equívoco. O vereador comemorava o posicionamento do seu padrinho político, o deputado federal Antonio Brito (PSD), que contrariou a decisão do seu partido e votou contra Michel Temer. ”O presidente nacional orientou que era para votar a favor de Temer, mas o nosso deputado pensou no povo, honrou a nossa Bahia, e por isso é um deputado presente em toda a região, ao lado do povo”, disse. Apenas Edmilson usou a tribuna para falar da votação. É que, entre os demais vereadores, estavam aliados de Cacá Leão (PP), deputado apoiado pelo prefeito Giuliano Martinelli (PP), e edis que votaram com Benito Gama (PTB) e Paulo Azi (DEM), que disseram Sim a Temer.
