O prefeito de Itaquara, o mais jovem da Bahia, Marco Aurélio Costa (PSB), ao fazer balanço em programa de rádio do seu primeiro mês de governo, nesta quarta-feira (1), disse que o cenário de terra arrasada foi à herança encontrada ao assumir a Prefeitura, deixada pela administração anterior. ”Infelizmente, quando nós chegamos à prefeitura, nós encontramos um cenário de terra arrasada. Por exemplo, ao entrar na prefeitura e ligar os computadores, nós constatamos que todas as bases de dados haviam sido apagadas, os HDs haviam sido trocados e isso é uma situação muito complicada, atrasa demais a nossa gestão e, inclusive, nós fomos até a Polícia Civil e a Polícia Federal e prestamos uma queixa crime, porque eu acredito que a base de dados é do povo, não é de uma gestão para outra, é da população de Itaquara e são informações que a população precisa. Por isso, entrei em contato com o secretário de segurança e ele me orientou a dar uma queixa. Na semana passada, a Polícia Técnica recolheu os HDs para serem periciados. Nas escolas, também nós estamos tendo dificuldades muito grandes. Os postos de saúde, apesar de terem sido entregues, eles foram inaugurados sem uma ligação de energia e sem água”, explicou o gestor, na Rádio Povo de Jaguaquara, informando que o atendimento ao público nas unidades de saúde do município ainda se iniciará, a partir do próximo dia (6). Marco Aurélio, que venceu a médica, agora ex-prefeita Iracema Araújo (PMDB), foi indagado no programa sobre restos a pagar e esclareceu que quando teve acesso as finanças, priorizou o pagamento do salário dos funcionários da Infraestutura, mas que não foi paga dívida com fornecedores da gestão anterior e que vai analisar caso por caso. ”De resto a pagar, a gente tem hoje R$ 655 mil. Temos que deixar claro que a obrigação de pagamento da folha de 2016 é da gestão anterior. Imagine aí, se não tivesse entrado a repatriação, como esses trabalhadores seriam pagos? Era uma obrigação da gestão anterior, que não pagou e deixou para o mês seguinte”, lamentou Aurélio, afirmando que na sua gestão irá prezar pelo pagamento rigorosamente em dia, tendo enfatizado o valor de R$ 655 mil de restos a pagar, mas sem revelar o valor dos recursos deixados pela sua antecessora. ”Tudo que for devido e legal a prefeitura vai pagar. Ela falou que deixou em caixa não sei quanto. O restante foi recurso vinculado”. Na administração passada, a prefeita teria enfrentado uma obstinada resistência popular com relação à nomeação de parente, o marido e ex-prefeito Astor Araújo (PMDB), que atuou no cargo de secretário municipal e de pessoas oriundas de outros municípios, inclusive de Jaguaquara, para integrar o quadro do alto escalão. Agora, o novo gestor segue a linha. Na entrevista, revelou que no cargo de Administração e Finanças emplacou o seu irmão, Luis Cruz Costa, que a secretária de Saúde, Sônia Katya Lima Alves, e o titular da pasta de Governo, Cassius Marcelo Pinto da Silva, também são de fora – a secretária de Saúde é oriunda de Euclides da Cunha e, segundo o mandatário, foi indicada pelo seu pai, que é médico-psiquiatra e que na escolha do secretariado os aspectos técnico e político foram priorizados. Os ouros membros são da cidade. Na Infraestrutura, assumiu o jovem Kiko Teixeira, que não conseguiu se eleger vereador, e é filho do ex-prefeito Abimael Teixeira. *Nota do Blog Marcos Frahm