O casal de Eunápolis que levou os gêmeos da cidade de Itapetinga prestou depoimento na última quarta-feira (20) à Polícia Civil. O casal desembarcou na cidade na mesma aeronave que retirou as crianças de forma irregular da cidade, onze dias após a origem do fato. Da pista de pouso da cidade, eles foram direto para a delegacia, onde prestou esclarecimentos ao delegado Roberto Junior. Após o depoimento do casal, um médico e uma empresária, que não tiveram os nomes revelados, o delegado encerrou o caso e informou que “tudo não passou de um grande mal entendido”. “Não houve apto de incapaz, não houve subtração de incapaz, não houve roubo de bebês, não houve nada disso. Ficou esclarecido que crime não houve. Pode ter acontecido alguma irregularidade administrativa, ter tirado as crianças sem autorização, o que não é da esfera da polícia. Mas a possibilidade de crime foi descartada e a investigação encerrada”, revelou o delegado em entrevista ao blog Itapetinga Repórter. Segundo o depoimento do casal, a pedido da avó, que seria sua amiga, eles teriam levado as crianças para Eunápolis, por ser um local onde eles poderiam prestar assistência médica. A avó dos bebês, que entregou os gêmeos, confirmou a versão e disse que fez isto porque as crianças estariam passando necessidade. “Eles apresentaram documentos e prontuário médico com o nome da mãe das crianças e endereço de Itapetinga”, apontou o delegado. Ainda segundo a polícia, não há nada que comprove que houve uma negociação financeira, ou mesmo que o casal tivesse a intenção de levar as crianças para adotar. Após serem encaminhados à guarda da Justiça, no último dia 13, os gêmeos foram entregues aos cuidados de uma família acolhedora que vive em Itapetinga. Agora, a Vara da Infância e Adolescência de Itapetinga estuda se manterá ou não as crianças sob a guarda dos pais biológicos.