É inaceitável que a chamada sociedade civil organizada seja, cada vez mais, refém dos poderes. O povo, ao se acovardar, pode levar uma cidade ao fundo do poço. Esse é um dos temas das rodas de conversa, em decorrência do posicionamento inerte adotado pela sociedade que, mesmo consciente da força que tem, cobra da imprensa escrita e falada denúncias sobre os problemas que afligem a população, e só se esconde atrás do anonimato.
No ”comboio da omissão”, até entidades são citadas nas conversações, como: Câmara de Vereadores, conselhos, igrejas, sindicatos e associações. O comentário é de que todos cruzam os braços, fecham os olhos para os problemas de domínio público, a exemplos de obras emperradas, escolas públicas em estado deplorável e jogam a responsabilidade para a imprensa, como se fosse à culpada pelos fatos negativos que acontecem na cidade, pelos desastres administrativos dos últimos tempos.
Há quem diga que, é pela falta de posicionamentos firmes em questões de interesse comum, que a própria sociedade vive enfrentando tamanhas dificuldades; com a saúde na UTI (longas filas de espera por atendimento demorado e distinto para cada paciente, falta de medicamentos e etc.); educação em colapso; esporte esquecido; segurança pública precária; suposta prática de nepotismo; ruas intransitáveis; cultura zero e a economia patinando. A inércia da sociedade é tão absurda que os atuais ocupantes dos cargos eletivos, mesmo sem corresponder às expectativas dos seus eleitores, chegam a cantar vitória antecipada quando o assunto é ”eleição 2016”. E se não houver ação por parte da tal sociedade civil organizada, que ao contrário do ”povão”, só se manifesta em período eleitoral, por puro oportunismo, os incompetentes do poder poderão ser reconduzidos aos seus respectivos cargos. É essa também a real situação da sua cidade?
Por Marcos Frahm