Conhecido como ”Príncipe do Gueto”, o deputado federal Igor Kannário (DEM) é o parlamentar que mais tem acusações criminais, de acordo com um levantamento feito pelo portal Congresso em Foco.
O cantor tem acusações de injúria, calúnia, desacato, roubo majorado e constrangimento ilegal. Todos os processos estão no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA). O segundo parlamentar que mais tem acusações é Charles Fernandes (PSD). O deputado é acusado de ter cometido abuso de autoridade no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). Além disso, ele é suspeito de ter cometido três vezes crime de responsabilidade no (TJ-BA).
O deputado João Carlos Bacelar (PR) é o terceiro que mais tem processos. Jonga, como é conhecido, é acusado de ter cometido crime de peculato duas vezes e de falsidade ideológica. Além disso, o parlamentar também é citado em um processo que foi enviado pelo Supremo Tribunal Federal para o TRE.
Quem mais tem?
Conforme o levantamento, o deputado Cacá Leão (PP-BA) é suspeito de ter cometido falsidade ideológica. À reportagem, ele disse que ”o inquérito foi remetido à justiça eleitoral do estado da Bahia e que aguarda ansiosamente o andamento do mesmo pois tem certeza do seu arquivamento.” O parlamentar Ronaldo Carletto, do PP, é acusado de ter cometido crime contra o sistema financeiro. Já o deputado Mário Negromonte Jr., que está no mesmo partido, é citado em um processo. A reportagem, no entanto, não informa qual a motivação da ação. O inquérito dele foi do STF para o (TJ-BA).
Tito, do Avante, é investigado por ter cometido por crime contra o patrimônio. Em sua defesa, o parlamentar alega inocência e afirma que a investigação decorre de uma interpretação equivocada da Lei de Licitações. O parlamentar Arthur Oliveira Maia, deputado federal do DEM, ´é suspeito de ter cometido os crimes de calúnia, injúria e difamação.
O petista Nelson Pelegrino tem um processo que foi enviado do STF para o TJ-BA. As informações sobre a ação, no entanto, não foram divulgadas. Daniel Almeida (PCdoB) também responde a um processo, mas não há informações sobre a ação. A deputada Lídice da Mata (PSB) também é citada no levantamento. A parlamentar tem um processo que foi do STF para o TJ-BA. Em nota, ela disse:
”A Assessoria Parlamentar da Deputada Federal Lídice da Mata (PSB-BA) informa que em 4 de agosto de 2017, o Ministro Edson Fachin, relator no Supremo Tribunal Federal (STF) dos inquéritos e ações penais originadas a partir da Operação denominada Lava Jato, em concordância com manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), acatou pedido de redistribuição do Inquérito 4396. À época, o despacho do Ministério Público, assinado pelo então Procurador Geral da República Rodrigo Janot, informava: “OS FATOS AQUI APURADOS NÃO GUARDAM, EM PRINCÍPIO, NENHUMA RELAÇÃO DE CONEXÃO COM OS CASOS DE CORRUPÇÃO, PECULATO E LAVAGEM DE DINHEIRO INVESTIGADOS NO ÂMBITO DA CHAMADA OPERAÇÃO LAVA JATO” (fls. 54/57). Assim, em função de haver cessada a competência penal originária do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso, o processo foi redistribuído para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da Bahia em junho de 2018. Desta forma, o processo não está mais no âmbito do STF. A ex-senadora e hoje deputada federal Lídice da Mata continua no aguardo dos desdobramentos, agora via TRE, e reitera que todos os recursos de campanhas foram devidamente declarados para a Justiça Eleitoral e que ela tem a consciência tranquila e confiança de que tudo será devidamente esclarecido.”