Em meio ao aumento no número de casos e óbitos em decorrência da Covid-19 no mês de agosto na Bahia, a secretária da Saúde do Estado, Adélia Pinheiro, atribuiu o crescimento ao diagnóstico de casos em junho e julho. Questionada pelo Bahia Notícias na manhã desta quarta-feira (14) sobre o perfil de mortos nos últimos meses, a titular da Sesab destacou a importância de concluir o ciclo vacinal contra a doença.
”Estamos sim com um decréscimo sustentado, contínuo, do número de casos e do número de óbitos. Tivemos no mês de agosto um aumento no número de óbitos e se seguiu a um crescimento de casos que ocorreu final de junho, julho e se manteve já com decréscimo a partir do dia 15 de julho, mas sabemos que quando temos um aumento de casos o número de óbitos é sempre posterior, pois há um tempo em que o paciente agrava, é assistido e pode evoluir para óbito”, disse Adélia em conversa com a imprensa durante a inauguração do Hospital do Homem, no Cabula, em Salvador.
”A expectativa hoje estamos em números baixos de casos e óbitos, ainda não chegamos aos menores números que tivemos de Covid durante toda pandemia. Esses números ocorreram em maio de 2022, estamos perto de chegar a esse número. A maior parte desses óbitos tiveram ocorrência na população de idosos e pessoas sem vacinação completa. E aí eu chego no principal diálogo nesse momento sobre Covid: a nossa rede de assistência e todas as ações de enfrentamento permanecem em alerta. Acompanhamos diariamente número de leitos, pacientes internados, demandas de internamento e temos toda rede de vacinação atenta e com material para fazer vacinação. A nossa principal estratégia para evitar o agravamento dos casos, é a vacina”, acrescentou.
No último sábado (10), o Bahia Notícias também mostrou que Salvador é uma das seis capitais com piores sinais de crescimento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) a longo prazo. A informação foi divulgada em um boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) (leia mais aqui). Ainda durante a conversa com os jornalistas, Adélia, contudo, sinalizou que quando se fala em síndrome respiratória aguda grave, não necessariamente está falando de Covid-19.
Junto com a capital baiana estão João Pessoa (PB), Fortaleza (CE), Teresina (PI), Palmas (TO) e Vitória (ES). Todas elas têm uma tendência de aumento de casos de até 95%. Cidades como Recife (PR), Belém (PA), Macapá (AP), Boa Vista (RR) e Florianópolis (SC) também apresentam uma tendência de crescimento, mas um pouco menor, em torno de 75%. Com informações do site Bahia Notícias