Correndo risco de ver sua agenda econômica travada no Congresso, o governo federal cedeu à pressão de deputados e senadores, autorizando a liberação de emendas em novembro.
Desde o início do mês, foram empenhados R$ 2,26 bilhões. Esse é o segundo maior repasse feito em um único mês desde que o presidente Jair Bolsonaro assumiu.
Em julho, durante as discussões da reforma da Previdência, foram desembolsados R$ 3 bilhões. A alegação do Palácio do Planalto é que o aumento no valor neste mês se deve ao descontingenciamento de verbas, anunciado pelo Ministério da Economia no último dia 18.
Segundo informações do Estadão, a liberação maior de recursos ocorreu após o Centrão (DEM, PP, Solidariedade, PL e Republicanos) dar um ultimato ao Planalto: ou o governo paga o que foi prometido durante as negociações das mudanças nas regras da aposentadoria ou o Congresso não aprova mais nenhum projeto do Executivo neste ano, nem mesmo o Orçamento para o ano que vem, o que poderia levar a um ”apagão” no governo federal.