Num sábado frio e chuvoso, a equipe do Doce Mel/Jequié foi eliminada do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino Série A3 ao empatar em 1 a 1 com o Sport/Recife, que se classificou por ter vencido o jogo de ida por 1 a 0, quando teria enfrentado o time jequieense na Ilha do Retiro.
Jogando em casa, no Estádio Waldomiro Borges, em uma tarde marcada por protestos contra o racismo e homenagem o Docel Mel se despediu de uma importante competição, cuja participação foi bastante destacada, pois foi a única equipe a representar a Bahia, inclusive eliminando o Estaciano de Sergipe e depois esbarrou no Sport, um time forte e experiente na disputa do Brasileiro.
O Sport abriu o placar no primeiro tempo com Amanda, em uma partida equilibrada no início, algumas chances desperdiçadas pelo ataque do Doce Mel e supostas falhas da arbitragem apontadas pelas jequieenses que, segundo elas, prejudicaram a equipe local. Na segunda etapa o Doce Mel sufocou o Sport e de cabeça Tânia Maranhão marcou o gol de empate, a pressão continuou os últimos minutos, porém, o placar permaneceu inalterado, dando a classificação as pernambucanas, com o placar agregado por 2 x 1.
Durante a partida deste sábado (9), as atletas do Doce Mel fizeram homenagem no gramado ao exibir duas faixas, uma delas em memória de Marinho Celestino, avô da jogadora Taina, falecido no último dia (23/06) e a outra em forma de protesto contra ato de racismo que, segundo a equipe, teria ocorrido no jogo de ida, em Recife, contra a jogadora Natasha do Nascimento, que denunciou a comissão técnica gritos racistas de torcedores pernambucanos.
O caso foi levado ao conhecimento da árbitra Deborah Cecília, que fez o registro na súmula. ”Me chamaram de macaca, caí e fui alvo de preconceito”, disparou a atleta ao final do jogo. Já o Sport se posicionou e emitiu nota de repúdio, informando que está ouvindo os envolvidos, com análises de imagens e que irá acionar os profissionais que atuaram na partida.