O imbróglio envolvendo César Borges e o PR culminou em seu pedido de desligamento desde o meio do ano, mas até o momento do baiano, atual mandatário da pasta dos Portos, ainda desconversa sobre que partido poderá seguir e qual será o seu destino na política. O mistério ainda está no ar, inclusive dentro do cenário político baiano. Ontem, durante um evento institucional, questionado por jornalistas, não confirmou os rumores de uma filiação ao PMDB, que o cacifaria para o Ministério dos Transportes. ”Não há pressa. Não temos nenhuma eleição pela frente”, comentou. ”Eu pedi para sair do partido, não me senti mais à vontade. Não estou em tratativa nenhuma. Quero cumprir minha tarefa no Executivo e depois vou definir a minha posição política”, complementou ainda na conversa com a imprensa. Borges deixou o PR depois que líderes partidários exigiram sua saída do Ministério dos Transportes, em meados do ano, por causa da suposta resistência dele em atender a pedidos da legenda. A presidente Dilma Rousseff (PT), que estava satisfeita com o trabalho dele na pasta, o abrigou na Secretaria de Portos. Agora, cogita-se sua volta ao posto anterior, mas ele precisaria de um partido disposto a bancá-lo. Outro assunto comentado pelo político, além da sondagem de qual partido poderia ingressar, Borges falou das recentes cartas de demissões de ministros que acontecem em Brasília. Ele afirmou que sua carta será apresentada nos próximos dias. ”Não houve pedido. Em fim de governo, é uma postura natural e mais do que lógica colocar o cargo à disposição, até como gentileza à presidente da República. Ninguém é dono do cargo”, afirmou, após evento do setor portuário, em Brasília. Leia mais.