‘Foi um crime bárbaro. Demos uma resposta a sociedade’, diz delegado sobre morte de comerciante

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O delegado regional  da Civil, Fabiano Aurich, concede entrevista

Foi um crime bárbaro, muito bárbaro e eles não tinham a intenção de deixar o André vivo. Agrediram o rapaz com pauladas, facadas, cortaram o pescoço da vítima, mas, enfim, a polícia deu ma resposta a sociedade e a prisão dos elementos trás um pouco de alívio para a família da vítima”, disse o delegado regional da Polícia Civil, Fabiano Aurich (9ª Coorpin), ao comentar durante entrevista ao Blog Marcos Frahm a prisão do trio acusado de ter matado em Lajedo do Tabocal o comerciante André Castelo Branco, de 43 anos. De acordo com o delegado, tudo foi combinado, a partir de uma trama montada para atrair a vítima. Eles fingiram que queriam fazer compras, chamaram André, à noite, pois sabiam que ele estava sempre disponível para o atendimento. Ao entrar no estabelecimento, André foi dominado, amarrado e obrigado a abrir o cofre de onde todo o dinheiro existente fora levado. Segundo a autoridade policial, André foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte). Marcos-Frahm-e-Fabiano-Aurich

O delegado disse que o crime foi premeditado pelos jovens

O comerciante, que era proprietário de uma distribuidora de bebidas em Lajedo, foi abordado pelo jovem Bruno Novaes Santos, 21 anos e por dois adolescentes de 17 anos, que chegaram a empresa sob o pretexto de que comprariam produtos e acabaram por agredi-lo com facadas e pauladas. Em depoimento, o trio confessou que roubou R$ 11 mil do comerciante. O valor foi dividido em duas partes iguais de R$ 2,5 mil para cada adolescente e R$ 4,6 mil para Bruno e uma mulher envolvida, que ainda é procurada. O comerciante estava desaparecido desde 17 de janeiro e foi encontrado morto em um matagal, na zona rural de Lajedo do Tabocal, no dia 15 de fevereiro. ”O crime foi completamente premeditado. Eles já descreveram como foi o crime, cometido de forma cruel. Segundo depoimento de um menor, uma participante disse que o André tinha muito dinheiro no cofre, pelo fato de ser um comerciante e a polícia obteve informação de que toda vez que a vítima visitava algum comércio demonstrava que estava com notas de cem reais, o que chamou a atenção da população e dos meliantes, que invadiram à noite o comércio de André. Eles combinaram, fizeram uma trama, amarraram o rapaz, pegaram todo o dinheiro que estava no cofre, tentaram enforcar o André, que não permitiu ser enforcado, mas foi esfaqueado pelos autores”, afirma o delegado. Os menores de idade estão sendo encaminhados ao Ministério Público de Jaguaquara para os devidos encaminhamentos enquanto o jovem Bruno Novaes será conduzido ao Conjunto Penal de Jequié.