A violência urbana parece não ter fim em Jequié. Num curto período de 12 horas, das 19h45 de ontem, sexta-feira (28/8) até as 9h40 deste sábado (29), quatro crimes de homicídios foram registrado em bairros diferentes da cidade. Na Rua Dom Climério, na localidade de Barro Preto, no bairro Joaquim Romão, aconteceu as 19h45 de sexta o primeiro assassinato, praticado por elementos desconhecidos, que deflagraram vários disparos de arma de fogo – revólver calibre 38 – contra Samuel Pereira dos Santos, apelidado de Juquinha, de 22 anos, atingido no rosto e em várias partes do corpo, segundo informações colhidas pelo Blog Marcos Frahm no Instituto Médico Legal de Jequié, para onde o cadáver foi encaminhado. De acordo com a polícia, a Juquinha estava no interior de um bar, tomando cerveja, em companhia de Reinan Santos de Souza, no momento em que um elemento se aproximou da semana onde a dupla estava e fez disparos à queima roupa, matando Juquinha no local. Já Reinan foi baleado na perna e socorrido ao Hospital Geral Prado Valadares – HGPV.
Por volta das 20h20, o segundo crime ocorreu na Rua Bolivar Reis, no bairro KM 3, tendo como vítima o jovem Alexandre Alves Moura, Carlon Cigano, 25, que se encontrava dentro do Bar e Distribuidora de Bebidas Bom Preço, sendo surpreendido por indivíduo desconhecido, que deflagrou diversos tiros de pistola calibre .30; o cigano foi a óbito no local. Já às 23h30, no Barro Preto, localidade onde foi registrado o primeiro homicídio, Alessandro Santana Valasques, 24 anos, foi morto a tiros na cabeça quando se encontrava na Rua da Linha. Alessandro era morador na Rua Nilo Peçanha, no Joaquim Romão.
E a desenfreada onda de violência teve sequência às 9h40 deste sábado, na Rua Campo São Júlio, no bairro K3, na mesma via pública onde residia Marlon Cigano, criminosos a bordo de um carro modelo Vectra, segundo populares, teriam perseguido o adolescente Mikael Oliveira Ferreira o Neguinho, de apenas 17 anos, morador a poucos metros da casa do Cigano. Mikael tentou se livrar dos autores e invadiu uma casa, quando um dos atiradores o perseguiu dentro do imóvel, disparando tiros no rosto e em outras partes do corpo do jovem, que tombou morto sobre o sofá da casa. No local, depois de ter acionada pela Polícia Militar para realização do levantamento cadavérico, a delegada plantonista da Delegacia Territorial de Jequié, Eliana de Castro, disse que a polícia não descarta a hipótese de crimes relacionados ao tráfico de entorpecentes. Dois rapazes, testemunhas, foram levados ao Complexo Policial para esclarecimentos. As polícias Civil e Militar desencadearam operações de buscas pelos assassinos, mas até o fechamento desta matéria ninguém teria sido preso.