Com o objetivo de pressionar o governo a efetuar o pagamento de parte dos salários, referentes aos meses de fevereiro e março, que ainda não foram pagos, os professores da rede municipal de Feira de Santana paralisaram as atividades, nesta sexta-feira (29), e acamparam mais uma vez em frente à Secretaria da Educação. Na última segunda-feira (25), a categoria também suspendeu as aulas para reivindicar os salários atrasados.
De acordo com a professora Moíra Quadros, a situação está inaceitável e insustentável, e tem abalado emocionalmente os professores do município.
”Vim de Itabuna para cá e estou nessa situação, sem saber qual o critério utilizado para os pagamentos, uma vez que quando eu cheguei aqui em 2019 o meu salário era integral. O concurso foi para 20h, mas desdobrei para mais 20. O município é carente de professor. Na minha escola mesmo, faltam 11 professores, que é a Escola Álvaro Pereira Boaventura, no distrito de Bonfim de Feira. Lá está sem professor, sem estagiário, e tem uma demanda grande de alunos especiais, necessitando da educação especial inclusiva, segundo a lei de inclusão, que necessita de um estagiário monitor que assessore o professor com 20 a 35 alunos em classe”, afirmou a educadora.
A professora confirmou que os pagamentos dos deslocamentos, e parte dos dias trabalhados de fevereiro e de março, estão atrasados.”Estamos hoje em 29 de abril, dia de pagamento e recebendo ainda os proventos parcelados”, lamentou.
A presidente da APLB, sindicato dos professores, Marlede Oliveira, salientou que a educação em Feira de Santana tem sobrevivido a dias difíceis. As informações são do site Acorda Cidade