Durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), a família do ex-presidente tinha uma rotina de uso dos aviões das Força Aérea Brasileira (FAB) para cumprir não só agendas relacionadas ao governo, mas também eventos políticos e compromissos privados.
A chamada “farra dos aviões” foi revelada por uma apuração do portal Metrópoles, que apontou ainda que, no início, havia estímulo da alta cúpula da Aeronáutica para “atendimento total” das solicitações do gabinete de Jair Bolsonaro. Mensagens e documentos obtidos pela reportagem mostram a preocupação de militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para encaixar as demandas de Michelle, Carlos e Jair Renan Bolsonaro nos planos de voos das aeronaves oficiais.
Na lista de passageiros, eram frequentes parentes, amigos da família, pastores e até o animal de estimação de Eduardo Bolsonaro. Foram mapeados, durante os quatro anos da gestão de Bolsonaro, 70 viagens da família sem o próprio presidente. Só então a primeira-dama somou 54 voos. Em pelo menos três deles, a viagem foi para participar de cultos religiosos. Não havia nenhum evento oficial com divulgação pública que justificasse o deslocamento da primeira-dama.
Já o vereador Carlos Bolsonaro somou 10 voos, enquanto o filho mais novo do ex-presidente, Jair Renan Bolsonaro, teve 7 votos.