A variante Ômicron ligou o sinal de alerta sobre a possibilidade de escapar à proteção das vacinas usadas pelo mundo. Ainda não há evidências sobre esse ponto. De acordo com o portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, que é parceiro do Blog Marcos Frahm, o desenvolvedor da vacina Pfizer e o ministro da Saúde de Israel afirmaram que alguma proteção a fórmula da farmacêutica fornece. Já o responsável pela vacina Moderna disse que o imunizante terá que ser adaptado para responder à nova variante.
A Ômicron é considerada uma ”variante de preocupação” pela Organização da Mundial da Saúde (OMS) e já foi detectada em todos os continentes. No Brasil, cinco casos estão confirmados, sendo dois deles no Distrito Federal.
Para responder à pergunta sobre a eficácia das vacinas perante a nova variante, as farmacêuticas estão testando, em laboratório, amostras de sangue de pessoas vacinadas contra a Ômicron. O esperado é que os resultados saiam na próxima semana. Paralelamente a isso, laboratórios anunciaram que se preparam para a criação de novas vacinas.
A reportagem listou as estratégias, de acordo com cada um dos fabricantes. Veja:
PFIZER/ BIONTECH
A farmacêutica americana Pfizer informou que já começou a avaliar o impacto na variante Ômicron na eficácia da vacina. A expectativa é que os resultados estejam disponíveis ainda no mês de dezembro. Somente após isso, a empresa vai avaliar se será preciso desenvolver uma nova versão da vacina.
Segundo a farmacêutica, caso seja necessário uma nova vacina, o desenvolvimento será feito em seis semanas e a produção, em cem dias a partir da fórmula pronta.
JANSSEN (JOHNSON & JOHNSON)
A Janssen está avaliando a eficácia do seu imunizante contra a Ômicron e, ao mesmo tempo, desenvolve uma vacina específica para a variante.
”Começamos a trabalhar para projetar e desenvolver uma nova vacina contra a Ômicron e vamos progredir rapidamente em estudos clínicos, se necessário”, disse Mathai Mammen, chefe global de pesquisa da farmacêutica.
MODERNA
A farmacêutica Moderna também afirmou que está trabalhando em um redesenho de sua vacina contra a Covid-19 para futuras doses de reforço. Mas o CEO da Moderna, Stéphane Bancel, afirmou à CNBC, que pode levar meses para começar a vender uma eventual vacina, traz a repoategm.
OXFORD/ASTRAZENECA
No dia 30 de novembro, a Universidade de Oxford disse que não há evidências de que as vacinas contra o coronavírus não funcionarão para prevenir casos graves da Ômicron, mas acrescentou que está pronta para desenvolver rapidamente uma versão atualizada caso seja necessário.
A AstraZeneca já está fazendo pesquisas em Botsuana e em Essuatini (Suazilândia) — países onde a nova variante foi detectada.
CORONAVAC
Em entrevista à CBN, Sandra Coccuzzo, diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Instituto Butantan, disse que o instituto já coletou amostras de dois dos pacientes brasileiros contaminados pela Ômicron e os testes foram iniciados. Segundo ela, o resultado deve sair entre duas e três semanas.
A Sinovac, fabricante da Coronavac, disse que ainda está avaliando se o imunizante funciona contra a nova variante ou se será necessário desenvolver uma nova vacina.
SPUTNIK
Na última segunda-feira (29), a Rússia disse que estará pronta para fornecer vacinas de reforço para proteção contra a nova variante, se necessário.
”O Instituto Gamaleya acredita que a Sputnik V e a Light neutralizarão a Ômicron, pois têm maior eficácia em relação a outras mutações”, disse Kirill Dmitriev, chefe do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RDIF), por meio da conta oficial da Sputnik V no Twitter.