Ao comentar sobre sua passagem pela Prefeitura de Jaguaquara, professor René Dubois, aproveitou para relembrar feitos de suas gestões à frente do Executivo Municipal, nas décadas de 70 e 80, tendo enfatizado ações na área de Infraestrutura, citando como grande marca do seu primeiro governo a abertura de estradas vicinais no interior do município. ”Naquela época, as prefeituras tinham condições administrativas e financeiras como hoje, apesar do momento de crise que os municípios têm enfrentado. Por tanto, em termos de obras físicas, na primeira gestão foi abrir estradas. Eu abrir estradas no município interior, um Record absoluto. Se fizermos uma somatória de estradas no interior do município, na minha primeira gestão, serão mais estradas do que todas as outras estradas realizadas nas demais administrações”. O ex-chefe do Executivo relembrou a história do distrito de Apuarema, que posteriormente passou pelo processo de emancipação e há 44 anos é cidade, localizada na divisa entre Jaguaquara e Jequié. ”Era uma época em que administrar Jaguaquara, que começava a alavancar na agricultura, atenção a zona rural era prioridade de qualquer gestão. Precisávamos dar condições plenas ao trabalhador rural para o escoamento da produção agrícola. E sobre a história de Apuarema, para ir fazer um comício lá, em Apuarema, na minha primeira eleição, eu tinha de carimbar o meu passaporte em Jequié, Jitaúna, e Itaíbó, para chegar ao meu município, no distrito de Apuarema. Daí então abrimos a estrada para Apuarema, que passou a fazer parte do contexto do município a partir dessa estrada, mas também abrimos estradas para Deus Dará, Santo Estevão, Juru, enfim, foram estradas vicinais interligando o município inteiro. E a prefeitura não tinha dinheiro, mas eu conseguir trazer uma frota de tratores do governo federal. Da segunda gestão, a parte de urbanização funcionou bem, mas a coisa mais importante não eram as obras, era a interação que eu tinha com os munícipes. Eu não realizava nenhuma obra sem antes discutir com a população o que ela achava disso ou daquilo. A população dizia o que queria e nós iríamos lutar por aquilo e essa interação foi uma ação que deu certo, principalmente no Entroncamento, onde sempre tive uma forte ligação com os moradores”, relembrou. René finalizou dizendo reconhecer que há atualmente uma dificuldade extrema por parte dos gestores para gerir os municípios, tendo lamentado a crise econômica. ”Hoje, administrar está muito difícil, por uma questão de conjuntura nacional e o município é a grande vítima da crise. Estado e nação são ficções geográficas. Do bolo econômico nacional, a maior parte fica com o governo federal, uma parte razoável fica com o governo do estado, uma migalha vem para o município e dessa migalha ainda procuram tirar o resto. Você não consegue um convênio com o governo federal se o município não entrar com a contrapartida e se não poder arcar com a contrapartida não tem os recursos para fazer os trabalhos. Os municípios estão sacrificados”, sentenciou René.