Jaguaquara: Estudantes denunciam a precariedade no transporte escolar

 Fotos: Blog Marcos Frahm

Um grupo de alunos do Colégio Estadual Pio XII, estudantes do ensino médio, se dirigiram ao prédio-sede da Rádio Povo AM, na tarde desta quarta-feira (29) e denunciam as condições precárias do transporte escolar no município. Ônibus em péssimo estado de conservação e sem manutenção são um risco diário para quem enfrenta estrada de terra, poeira e lama para assistir às aulas. Esse é um dos problemas enfrentados por estudantes das cidades interioranas, a exemplo de Jaguaquara. O grupo de estudantes, que iria para a aula com o transporte escolar, vindo da zona rural para a sede do município, e que teve o ônibus quebrado após um incêndio na parte do motor, compareceu ontem à emissora, para, segundo eles, contar o que realmente aconteceu e pedir providências a prefeitura para dar maior segurança ao deslocamento dos alunos.

 Durante entrevista ao repórter José Carlos, a líder de grupo, de pré-nome Laíze, disse que ela e os colegas vêm passando por maus bocados com um ônibus contratado pela prefeitura para transportá-los do Distrito Baixão de Ipiúna até a instituição de ensino. Segundo a jovem, por volta das 12h45, quando seguia no veículo que trafegava pela rodovia BA-545 sentido Jaguaquara, o motorista parou o ônibus na pista de rolamento depois de ser surpreendido com um incêndio na parte frontal do veículo, causando a interrupção da viagem para Jaguaquara, onde os alunos iriam assistir aula no Pio XII. A estudante afirmou que o fogo se alastrou rapidamente e atingiu a parte interna do ônibus, que foi impedido de seguir viagem.

 Ainda de acordo a jovem, moradora da área rural, há muito tempo que o veículo vinha apresentando problemas e nenhuma providencia foi tomada pelo poder público municipal que, de segundo relatos, já tinha conhecimento da precariedade. Um dos estudantes, que prefere o anonimato, disse que a prefeitura providenciou imediatamente outro carro para levá-los ao colégio, mas afirma que foi insultado por um funcionário da PMJ – que não teve o nome revelado, chegando a levar dedo na sua cara como forma de intimidá-lo para não denunciar o descaso.