A candidatura conjunta de Estados Unidos, México e Canadá conquistou o direito de sediar a Copa do Mundo de 2026, por decisão do 68º Congresso da FIFA, que ocorre em Moscou nesta quarta-feira (13), véspera da abertura da Copa da Rússia. Marrocos, o outro país candidato a organizar o torneio, recebeu 65 votos, contra 134 da candidatura conjunta norte-americana. Será a primeira vez na história da quase centenária competição que três países reúnem forças para serem os anfitriões do evento. O único antecedente com uma Copa em mais de um país ocorreu em 2002, quando Coreia do Sul e Japão dividiram a organização. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apoiou em 2017 o projeto conjunto, apesar de defender, em outro âmbito, a renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA, na sigla em inglês), que reúne as três nações. Na verdade, a candidatura conjunta se forjou em meio à tensão trilateral pela atualização do NAFTA, o maior acordo comercial do planeta, e pela intenção de Trump de erguer um muro na fronteira com seu vizinho do sul. A proposta dos EUA , México e Canadá para a Copa do Mundo usou o lema ”Unidos como um”. Os Estados Unidos encabeçam o número de cidades-sede, com 25; o Canadá terá quatro, e o México, três. Os estádios mexicanos serão o Azteca (87.000 lugares), o Akron de Guadalajara (45.364) e o BBVA de Monterrey (52.237). Com a escolha desta quarta-feira, o Azteca deverá se tornar o único estádio no mundo a receber três aberturas de Copa, e pode até mesmo ter a esperança de acolher uma terceira final, depois das edições de 1970 e 1986.