As contas do governo baiano fecharam no azul em 2014, com destaque para o superávit primário de R$ 1,13 bilhão, três vezes maior que o do ano anterior, que também havia sido positivo, alcançando R$ 300,8 milhões. De acordo com levantamento do jornal Folha de S. Paulo, no exercício que acaba de ser encerrado, apenas oito estados, entre os quais a Bahia, que também registrou baixo endividamento, tiveram resultado positivo. O balanço foi apresentado pelo secretário da Fazenda Manoel Vitório, nesta terça-feira (10), durante audiência pública na Assembleia Legislativa. Vitório disse que a ênfase no esforço de arrecadação, o controle das despesas exigido para o bom fechamento do exercício e a preocupação com as dificuldades futuras proporcionaram o equilíbrio nas contas em 2014. “De um lado, o governo, por intermédio da Secretaria da Fazenda, imprimiu um ritmo forte à arrecadação, que cresceu 25,41% no biênio 2013-2014, resultado do planejamento e do uso intensivo da tecnologia, sobretudo no combate à sonegação e no estímulo à regularização dos débitos tributários. Do outro, foi vital termos mantido as despesas sob controle”, afirmou. Ao gerar uma poupança corrente de R$ 2,61 bilhões, a Bahia também chegou a um superávit orçamentário expressivo, de R$ 1,62 bilhão, que superou os R$ 986,2 milhões de 2013. O Estado teve ainda bom desempenho nos gastos sociais, balizados por parâmetros previstos na Constituição Federal – o governo investiu 27,63% em educação (o mínimo é 25%) e 13,09% em saúde (o mínimo é 12%).