Um dos chavões do futebol diz que, quando se enfrenta grandes equipes, erros são fatais. No entanto, ao menos ontem, o Bahia pareceu não ter internalizado em nada o repetitivo discurso. No geral, o Tricolor fez uma boa partida no Rio de Janeiro, diante do Vasco, invicto em 2016 e favorito ao título da Série B. Porém, acabou perdendo por 4 a 3 em duelo válido pela quarta rodada exatamente porque falhou feio em situações específicas de jogo. As falhas vieram de todos os setores. Lá atrás, aos 17 minutos do primeiro tempo, a defesa do Bahia dormiu, e Yago Pikachu foi lançado nas cotas de João Paulo. Marcelo Lomba saiu de forma completamente precipitada e acabou encoberto por um toque de cabeça do lateral vascaíno. Sozinho na pequena área, Thalles recebeu o passe e tocou a bola para o gol vazio. O segundo tento do Vasco, aos 39, saiu de uma falha coletiva do Esquadrão. Nenê cobrou escanteio, Thalles subiu mais do que todo mundo e cabeceou. Lomba espalmou, mas, novamente, nenhum jogador do Bahia chegou na bola. Luan aproveitou e mandou para o gol. Àquela altura, o Bahia vacilava também na parte ofensiva. O meia Renato Cajá, estreante no time, poderia ter diminuído o placar aos 41, mas foi excessivamente caprichoso na hora da finalização e, por isso, acertou a trave. Enquanto isso, a defesa permanecia errando. O vascaíno Eder Luis, sem marcação, também carimbou bola na trave. No Bahia, o técnico Doriva foi outro a apresentar seus erros. A escalação titular que ele levou a campo provou-se equivocada. No meio de campo, Paulo Roberto e Feijão, jogando juntos, deixavam o time quase sem capacidade de criação. Na frente, o medalhão Tiago Ribeiro foi escalado exclusivamente pelo nome. No segundo tempo, Doriva reconheceu o erro e substituiu Paulo Roberto e Tiago Ribeiro pelos atacantes Luisinho e Edigar Junio. A evolução do time foi espantosa. Por isso, chegou ao empate. Luisinho marcou aos quatro minutos. Danilo Pires, aos 19, após belo cruzamento de Tinga. Porém, erros defensivos voltaram a comprometer. Aos 21 minutos, Pikachu deixou João Paulo ‘na saudade’ e tocou para Nenê, que, sem marcação, acertou lindo chute da entrada da área. No ‘show de erros’, a arbitragem ajudou. A bola saiu de campo antes de Pikachu tocar para Nenê. O gol desestabilizou o Bahia. Aos 33, Nenê, de falta, fez 4 a 2. Aos 41, só não fez o quinto porque bateu pênalti para fora. Aos 44, o Bahia até diminuiu, com gol contra de Bruno Gallo. Tarde demais! Proximo jogo é terça, na Fonte Nova, contra o Náutico. A Tarde