Reeleito para o segundo mandato, o prefeito Giuliano Martinelli (PP), de Jaguaquara, passou a ser alvo de opositores nas redes sociais que demonstram não aceitar a permanência de Martinelli no comando do Executivo, mesmo após o pepista ter vencido o médio e ex-prefeito Osvaldo Cruz do PSB nas urnas. Depois da sessão sem quórum da Câmara de Vereadores na sexta-feira (4/11), quando apenas 5 dos 15 parlamentares compareceram a Casa, informações sobre obstrução da sessão, por parte dos governistas, para não votar contas do prefeito reprovadas pelo Tribunal de Contas – TCM, repercutem na imprensa e nas redes sociais. Uma nota publicada no site Política Livre, de Salvador, diz que a sessão votaria as contas relativas ao exercício financeiro de 2014, reprovadas pelo TCM, em dezembro de 2015 por transgredir a Lei de Responsabilidade Fiscal com a extrapolação dos gastos com pessoal, mas até hoje não foram avaliadas pelo parlamento municipal, o que permitiu sua candidatura à reeleição. Na época, Giuliano Martinelli foi multado em R$ 3.000,00 e em R$ 61.200,00 e recomendado a devolver aos cofres municipais a quantia de R$8.218,80. Em áudio gravado e enviado ao Blog Marcos Frahm, nesta segunda-feira (7/11), o prefeito reagiu de forma áspera às informações divulgadas quanto à apreciação ou não por parte da Câmara de suas contas reprovadas. Ao se pronunciar sobre o assunto, Giuliano inicia ironizando a oposição, fazendo afirmação de que ”o choro é livre”. ”O choro é livre. Prefeito afirma que, se não assumirá a partir de janeiro de 2017 é porque o vice dele assumirá, pois essa chapa não tem possibilidade de impugnação. A oposição, inconformada por perder nas urnas, e tentado manter ou ressuscitar um grupo, que grande parte dele já aceitou a derrota, porém uma minoria insignificante ligada ao ex-prefeito Osvaldo Cruz Moraes tem a esperança de que um dia o prefeito Giuliano Martinelli não assumiria a prefeitura de Jaguaquara e Osvaldo assumir a prefeitura”, disse. Sem papas na língua, Martinelli prontamente alfinetou advogados [sem revelar nomes] que estariam orientando seu opositores ao explicar a reprovação de suas contas, tendo admitido que, se mantido pela Câmara o parecer do TCM, ficaria inelegível pelo período de 08 anos, mas não perderia o cargo. ”O prefeito, graças a Deus, assessoria jurídica tem, embora os advogados que estão orientando o grupo da oposição não passam de especuladores com fins financeiro ou eleitoral para ludibriar um povo que já aceitou a derrota nas urnas”, disparou. Na avaliação de Giuliano, se as contas tivessem sido reprovadas antes do registro de candidatura, existiria a possibilidade de ele não assumir o segundo mandato, para o qual foi reeleito em outubro de 2016, em virtude de possível reprovação pela Câmara de Jaguaquara. ”Mas como as contas ainda não foram colocadas em pauta, e mesmo que fossem julgadas depois do registro de candidatura ter sido deferido pelo Tribunal Regional Eleitoral, não tem problema nenhum. Se as contas forem reprovadas em 2016 ou em 2017, ficarei inelegível por oito anos. As contas do prefeito só foram rejeitadas em virtude do índice de pessoal, não foi artigo 42, apropriação indébita, ou mal uso do dinheiro público”, justifica. Já as contas da Prefeitura de Jaguaquara, referentes ao exercício de 2015, ainda não foram julgadas pelo Tribunal de Contas. Ouça abaixo, na íntegra, o áudio do prefeito Giuliano Martinelli.