Em retrospectiva do ano de 2017, o presidente Michel Temer (PMDB) afirmou que se tivesse renunciado no momento em que se instalou a crise da JBS, ele estaria se “declarando culpado”. O peemedebista foi alvo de duas denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em consequência de uma conversa gravada com o empresário Joesley Batista. Na ocasião, o presidente consentia com a revelação de que o sócio da JBS estaria comprando o silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) (lembre aqui). “Não seria um caminho mais fácil, seria um caminho incriminador”, declarou o presidente, segundo informações do blog Painel, da Folha de S. Paulo. Na visão dele, seus algozes é que foram “desmascarados”. Joesley, o irmão Wesley Batista e o empresário Ricardo Saud foram presos por outros crimes, perdendo a prerrogativa do acordo de delação premiada (saiba mais aqui). O presidente também minimizou as eventuais consequências das denúncias por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de Justiça. “Tenho minhas dúvidas de se no futuro virão a ser aceitas de tão inconsistentes que são”. Apresentadas ainda quando Rodrigo Janot estava à frente da PGR, as denúncias devem ser desarquivadas com o fim do mandato de Temer na Presidência da República, em janeiro de 2019.