O ministro da Saúde, Ricardo Barros, divulgou nota nesta sexta-feira (12/8) para esclarecer a declaração dada por ele nesta quinta de que os homens vão menos aos serviços de saúde porque trabalham mais que as mulheres. Segundo a nota (leia a íntegra ao final desta reportagem), divulgada pela assessoria do ministério, ele pede desculpas caso tenha sido mal interpretado. Nesta quinta, durante anúncio da criação de um plano para aumentar as estatísticas de atendimento a homens na rede pública de saúde do Brasil, Barros afirmou que os homens ”trabalham mais”, são os “provedores da maioria das famílias”, e, por isso, cuidam menos da saúde porque “estão fora trabalhando”. A declaração repercutiu negativamente nas redes sociais e foi contestada, inclusive, pela própria filha do ministro, a deputada estadual Maria Victoria Borghetti Barros (PP-PR). Na nota, o ministro afirma que se referiu não à jornada de trabalho, mas sim ao número de homens no mercado de trabalho. ”Segundo pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, o IBGE aponta que pessoas de 16 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, por sexo, 53,7 milhões são homens e 39,7 milhões são mulheres”, diz a nota. ”Conhecendo o quanto as mulheres trabalham, eu jamais diria que os homens trabalham mais que as mulheres. Quero deixar claro que eu me referia ao número de homens no mercado de trabalho, que ainda é maior”, afirmou o ministro na nota. Durante o texto, o ministro ressalta ainda que as mulheres, além de trabalhar fora, ”têm as tarefas de casa, cuidam da família e ainda arrumam tempo para cuidar da saúde”.