Em meio ao silêncio do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Nelson Teich, usou suas redes sociais neste domingo (10) para lamentar as 10 mil mortes em decorrência da Covid-19, marca atingida no dia anterior.
”Hoje é um dia marcado por sentimentos muito distintos: o sentimento especial de dia das mães e o sentimento que reflete o sofrimento e a triste das mais de 10 mil mortes causadas pela Covid-19”, afirmou o ministro, em vídeo postado em suas redes sociais.
O Brasil chegou neste sábado à marca de 10.627 mortos vítimas da Covid-19. O país também registrou um total de 155.939 casos registrados da doença. Teich também se solidarizou com as famílias que enfrentarão um dia das mães mais triste, por terem perdido seus parentes ou por esses estarem atuando no enfrentamento ao vírus.
”Aqui vai a minha solidariedade, o meu carinho, àquelas mães que perderam seus filhos ou filhas; àquelas mães que estão com seus filhos na linha de frente, que têm angústia, com medo do que pode acontecer com eles; aos filhos que perderam suas mães, porque algumas mães certamente foram perdidas neste caminho”, afirmou.
O ministro também afirmou que sua pasta e o governo federal estão trabalhando exaustivamente para que ”a gente saia desse problema o mais rápido possível e com o menor número de vidas perdidas”.
Ao contrário do ministro, Jair Bolsonaro não comentou o fato de o país ter atingido a marca de 10 mil mortes. O presidente havia marcado previamente um churrasco para este sábado, que acabou cancelado. Na parte da tarde, Bolsonaro foi fotografado passeando com uma moto aquática no Lago Paranoá, em Brasília.
Neste domingo, o presidente usou suas redes sociais para criticar o lockdown decretado no estado do Maranhão – uma das medidas que o próprio ministro Teich considera adequada para os locais mais atingidos pela pandemia. O post do presidente apresenta um vídeo no qual um policial fiscaliza o cumprimento da medida, acrescentando que a situação se parece com a Venezuela.
Por outro lado, os presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente o deputado Rodrigo Maia (DEM) e o senador Davi Alcolumbre (DEM), decretaram luto oficial de três dias em homenagem aos 10 mil mortos no país.