O Bispo diocesano Dom José Ruy Gonçalves Lopes, chegou a Jaguaquara nesta quarta-feira (24), devendo permanecer até domingo (28), para visita Pastoral a Paróquia Maria Auxiliadora. A visita faz parte das atividades da Diocese de Jequié, realizada a cada cinco anos, quando o Bispo aproveita para acompanhar um pouco mais de perto à vida da Igreja Católica, com a missão de confirmar os irmãos na fé. Em entrevista ao Blog Marcos Frahm, Dom José Ruy informou que irá percorrer todas as paróquias da Arquidiocese, a começar por Jaguaquara, onde iniciou sua visita na Capela Santo Antônio, na Bela Vista, acompanhado do Pároco Frei Raimundo. ”O primeiro objetivo da visita, de fato, é confirmar a fé do povo católico e o segundo é manter a unidade da igreja. São os grandes objetivos do bispo na sua visita pastoral, mas essa visita é também já prevista e prescrita no código de direito canônico da igreja, que obriga o bispo a cada cinco anos a realizar essa visita pastoral, em todas as paróquias da sua diocese”. Durante sua estadia em Jaguaquara, Dom José fará palestra, visitará enfermos que participavam de grupos da Igreja, mas que hoje se encontram debilitados e também terá encontro com autoridades. Nesta quinta-feira, à tarde, o líder religioso se encontrará com representantes do Poder Judiciário, Juíza de Direito e Promotor de Justiça e, à noite, participa de sessão solene na Câmara de Vereadores, onde será homenageado pelos representantes do Legislativo local. ”A igreja católica é uma instituição milenar, que sempre se articulou com os poderes públicos”, disse o Bispo.
Aproveitando o ensejo o repórter Marcos Frahm indagou Dom José Ruy sobre a Nota Pública intitulada ”O Católico e as Eleições”, assinada por ele, revelando a manifestação da Diocese de Jequié em relação às eleições deste ano, na qual o Bispo diz que a Igreja Católica não possui partidos nem candidatos e que não impõe nomes a serem sufragados muito menos obriga a votar em determinados candidatos, mas explicou que há uma preocupação da Igreja Católica em relação à política no Brasil. ”Desde a assembleia dos bispos em Aparecida, que nós começamos a articular um documento intitulado Pensando um Brasil Melhor, onde os bispos propõem para o próximo ano um plebiscito, para que nós possamos também realizar uma reforma política. Essa proposta é da CNBB, da OAB e se ela não for aceita pelos nossos políticos, as duas instituições mobilizarão o povo, com um plebiscito, para que nós façamos uma reforma política”, assegura. Na carta enviada recentemente a imprensa, Dom José deixa claro que a Igreja está atenta no sentido de orientar, sobretudo, em quem não votar. ”Há candidatos e partidos que não podem receber o nosso apoio”, destaca. Ainda de acordo com a Nota Pública assinada por Dom José Ruy, outra orientação da Doutrina Social da Igreja é que os católicos não se associem a partidos políticos corruptos nem votem em candidatos envolvidos em corrupção. ”Jamais deve votar em candidatos comprovadamente corruptos”.
