Na quarta-feira (27), professores da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) paralisarão suas atividades e realizarão ato público em Salvador ”em protesto contra o ajuste fiscal e o arrocho salarial do governo Rui Costa”, justifica nota oficial da Associação de Docentes (Adusb), alegando que as perdas salariais são de quase 20% e mais de R$ 50 milhões deixaram de ser repassados para a Universidade nos últimos anos. A categoria aprovou indicativo de greve no mês de julho. De acordo com informações do final de julho da Assessoria de Gestão de Pessoas da Uesb, estão travados 17 processos de mudança de regime de trabalho e 61 promoções, sendo 15 na fila para pleno, 36 para titular e 10 para adjunto. Além das promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho, outros direitos trabalhistas não são respeitados, como a reposição inflacionária. Nos últimos dois anos, o governo do estado não realizou o pagamento do reajuste linear e as perdas inflacionárias acumuladas são de quase 20% ao longo do período. Por exemplo, um Auxiliar A 20h, cujo salário bruto (sem os descontos legais) mínimo é de R$ 2.172,05, deixa de receber R$ 279,98 (19,3%) por mês. A situação gera uma perda acumulada (considerando janeiro de 2015 a junho de 2017) de R$ 4.842,11. ”O governo do Estado tem reduzido verbas de manutenção, investimento e custeio das Universidades Estaduais da Bahia. Tomando como base 2013, mais de R$ 50 milhões deixaram de ser repassados para as verbas de manutenção, investimento e custeio da Uesb. A situação afeta diretamente o funcionamento da Instituição faltam recursos também para o pagamento de bolsas, de fornecedores, materiais para laboratórios, aulas de campo e outras atividades essenciais”, acrescenta a Adusb em sua página oficial.