Quanto mais se avança o dia 7 de maio, quando irá acontecer a assembléia das universidades estaduais para discutir a greve, mais forte fica a ideia de que o movimento paredista será deflagrado. E, agora, o impasse entre professores e Governo do Estado ganhou mais incremento. A Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Adusb) acusa o Governo de tentar confiscar 3,18% dos salários dos servidores públicos Na última semana, o Estado encaminhou à Assembleia Legislativa um Projeto de Lei para o pagamento da reposição inflacionária. De acordo com o PL, o reajuste linear de 6,5% seria pago em duas parcelas, sendo 3,5% em abril, com retroatividade a março e os 2,91% restante apenas em novembro, sem retroatividade. Para as Associações Docentes da Bahia, essa postura é um grave ataque aos direitos trabalhistas garantidos pela Constituição brasileira. Segundo informação divulgada pela Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Adusb), a proposta do governo causa perdas aos trabalhadores na ordem 3,18% ao mês. “O servidor que possuir um salário de R$ 1 mil, no ano de 2015, vai perder, no acumulado, aproximadamente R$ 400,00”, aponta a Adusb. A associação também afirma que a situação é ainda pior para os funcionários públicos que recebem um salário mínimo. “O piso nacional de R$ 788 só deve ser cumprido em novembro, quando o percentual de 2,43% será acrescido nos salários, além do imposto para os demais servidores”, diz.
