Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. Segundo o Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 10, a expectativa para a atividade econômica este ano passou de alta de 3,14% para elevação de 3,21%.
Para 2022, o mercado financeiro alterou a previsão do PIB de alta de 2,31% para 2,33%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia.
Os analistas também alteraram a previsão para o IPCA – o índice oficial de preços – no fim de 2021. O relatório Focus mostra que a estimativa para este ano foi de alta de 5,04% para 5,06%. Há um mês, estava em 4,85%. A projeção para o índice em 2022 seguiu em 3,61%. O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2023, que seguiu em 3,25%.
A projeção dos economistas para a inflação está acima do centro da meta de 2021, de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto para mais ou para menos(de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.
No último dia 5, para conter a escalada mais recente da inflação, o Banco Central elevou a Selic de 2,75% para 3,50% ao ano. Foi o segundo aumento consecutivo de 0,75 ponto porcentual, em um movimento iniciado em março. Ao anunciar a decisão, o BC sinalizou a intenção de promover novo aumento no próximo mês, para 4,25% ao ano.
Agora, no relatório Focus desta semana, os economistas mantiveram suas projeções para a Selic no fim de 2021 em 5,50%. No caso de 2022, a projeção ficou em 6,25% ao ano, ante 6,00% de um mês antes.
*Fabrício de Castro/Estadão Conteúdo