As Federações da Indústria (Fieb), Agricultura (Faeb) e Comércio (Fecomércio), entidades que representam o grosso do PIB baiano, publicam nos jornais uma nota conjunta na qual elencam uma série de motivos que as levam a vislumbrar expectativas sombrias para o futuro imediato do Brasil. Citam a instabilidade política, a disposição do governo de aumentar impostos, a crise hídrica (que resulta em energética), a Lava Jato quebrando empresas e a crise internacional para dizer que o conjunto forma um mix que deixa o empresariado em estado de alerta. Se os empresários externam tais preocupações, o alerta deve servir para todos. São maus sinais. Dilma aproveitou os seus primeiros momentos do segundo governo para botar na praça, além do aumento de impostos, o dos combustíveis, o arrocho em segmentos previdenciários como o seguro desemprego, tudo temperado com o Petrolão. Pelo conjunto da obra, despencou na pesquisa do Datafolha com 44% de rejeição contra 23 de aprovação. O que levanta e derruba governo é a economia. A expectativa do governo é apertar agora e dar a virada adiante. Será? O Petrolão é mais devastador que o barulho midiático. O tempo fechou.
Por Levi Vasconcelos