Em cinco anos, o Bolsa Família, programa de transferência de renda criado em 2003 e que se consolidou como importante ferramenta de combate à extrema pobreza e à desigualdade, sofreu com desajustes e excluiu milhares de beneficiários.
Os reflexos desses cortes foram constatados por um estudo da Fundação Getúlio Vargas que aponta a queda na renda dos brasileiros mais pobres como principal consequência, a exemplo do que aconteceu entre os anos de 2014 e 2018: de 5% para 39% dos mais pobres, segundo estudo da FGV. Nesse período, o país registrou o aumento de 67% da população que vive em extrema pobreza.
Essa redução do número de beneficiários foi constatada pela Empresa GPE Ltda nos municípios do Território do Vale do Jiquiriçá. Para tanto, foram analisados os dados do Bolsa Família comparando os números de dezembro de 2018 com o mesmo mês de 2019, constatando uma redução de 6.351 benefícios, conforme tabela anexa.
Tal situação deverá ter um impacto de aproximadamente R$ 5 milhões na economia dos vinte municípios do Território do Vale do Jiquiriçá e consequentemente aumento da pobreza, conforme o especialista em contabilidade, Valmir Sampaio, em contato com o Blog Marcos Frahm.