Dos 31 candidatos a prefeito com registro indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE) até a noite de ontem, 15 foram pegos pela Lei da Ficha Limpa. O dispositivo torna inelegível por oito anos políticos com mandato cassado ou condenação em Cortes colegiadas, em que o julgamento é feito por vários juízes. Santa Cruz da Vitória e Sítio do Mato tiveram dois indeferimentos cada uma: Carlos André (PTC) e Geazi Andrade (PP), na primeira; Alfredo Júnior (PDT) e Dionízio da Silva (PSD), na segunda. Completam a lista Ioná Queiroz (PT), em Camamu; Antônio Almeida (PSD), de São José do Jacuípe; Boaventura Cavalcanti (PSL), em Canavieiras; Dagmar Nogueira, do DEM de Casa Nova; Padre Deoclides (PSL), em Serra do Ramalho; Doutor George (PPS), de Sapeaçu; Itamar Rios (DEM), em Capim Grosso; Izaque Júnior (PMDB), de São Domingos; Aldemir Bastos (PRB), em Esplanada; Zé Carlos (PDT), de Crisópolis; e Orlando Filho (PSDB), em Buerarema. Até agora, apenas um foi barrado por abuso de poder econômico – Francisco Irmão (SD), de Camaçari.
Barrados no baile
Ao todo, a Justiça Eleitoral já indeferiu 916 candidaturas na Bahia, pelos mais diferentes motivos: da Lei da Ficha Limpa a problemas com documentação. Além de 31 candidatos a prefeito, há 26 a vice e 856 a vereador impedidos de concorrer este ano. No recorte por partidos, o PSD é o campeão, com 61 políticos barrados. Na segunda e terceira colocações, vêm PTN e PMDB, com 53 e 50, respectivamente. O ranking das dez legendas com o maior número de indeferimentos do TRE é composto ainda pelo PTB (48), PT (46), PP (45), PRB (42), Psol (42), PSDB (40) e DEM (36). Outros 444 candidatos renunciaram, 33 tiveram o registro cancelado a pedido das próprias legendas e quatro faleceram no período eleitoral, de acordo com o balanço do TRE.