A disputa pelo cargo de prefeito do município de Maracás nas eleições deste ano está fervendo nos bastidores da política. Para começar, são cinco os candidatos a prefeito e todos eles em partidos que integram a base do governador Rui Costa. Outro detalhe: A essa altura do jogo, o PT, conta com dois candidatos (Nelson Portela e Edmundo Novaes), problema que a justiça deverá resolver até o próximo dia 12, prazo para o julgamento de todos os processos que tramitam na Justiça Eleitoral da Bahia. O cenário eleitoral de Maracás sofreu uma grande e importante alteração nos últimos dias, justamente com o ingresso do ex-prefeito Nelson Portela na disputa. Até dia desses eram quatro os que disputavam a cadeira de prefeito: o atual gestor, Paulo dos Anjos, que foi eleito pelo PT e resolveu filiar-se ao PSL, o empresário Soya Novaes (PDT) e o professor Flávio Guimarães (PCdoB). O que muda com a entrada do ex-prefeito Portela na disputa? A possibilidade de o governador Rui Costa sair do campo da neutralidade, e apoiar sua candidatura, fato que é dado como certo pelos apoiadores e simpatizantes do ex-prefeito, que goza da amizade de Costa. O próprio Nelson Portela, que se desincompatibilizou do cargo de coordenador dos consórcios públicos de Saúde através da Sesab afirma, que entre os postulantes ele é o preferido de Rui Costa. Argumenta que pertence ao PT, mesmo partido do chefe do Executivo baiano, e pelo fato de ter dois mandatos de prefeito no currículo. Em entrevista exclusiva ao Blog Marcos Frahm, durante a visita do vice-governador João Leão (PP) à Jaguaquara, no último dia 27, o prefeiturável Nelson não poupou críticas ao falar sobre o conturbado processo de escolha dentro do próprio PT e sobre sua relação com o seu afilhado político e primo, o atual prefeito e candidato à reeleição Paulo dos Anjos. Atacou o ex-presidente do PT, Everaldo Gomes, justificando que o mesmo não foi correto ao dizer que o governador fez uma intervenção no partido em Maracás, destituindo o diretório local para retirar de cena o vereador candidato Edmundo e lhe favorecer. ”O PT é democrático, diferente da postura do ex-presidente”, disparou. Em relação ao seu primo, Portela disse que o atual prefeito não cumpriu o acordo que havia firmado de que o candidato com melhor desempenho entre eles dois seria o escolhido para a disputa. Como o pacto não foi cumprido, conforme declarou, a ruptura foi inevitável e agora caberá ao eleitor definir quem é quem nas urnas no dia 2 de outubro. Nelson ainda assegurou, peremptoriamente, que não desistirá da candidatura e que acredita em seu registro.