Por todos os ângulos que se olhe, a disputa pela presidência da Assembleia, agora afunilada entre Marcelo Nilo (PDT) e Rosemberg Pinto (PT), é um caso atípico na política baiana.
Foi antecipada mais de dois meses antes da data da eleição (1º de fevereiro); o governador (no caso, Rui Costa), que historicamente sempre emplaca um preferido, mantém-se equidistante e nunca na Casa alguém logrou postular cinco mandatos consecutivos.
Mais ainda, os dois candidatos, ambos governistas, engalfinham-se numa guerra que sai do plano político e está virando pessoal.
Convicto da vitória, Marcelo já disse ao próprio Rosemberg que não pretende disputar um sexto mandato, mas, se vislumbrar uma possibilidade de vitória dele (Rosemberg), retira o que disse e entra em campo.
Marcelo venceria hoje fácil. Sabe jogar, distribui cargos e espaços com os colegas (oposição inclusa), o governo não pode fazer-lhe restrições políticas. Tem contra si apenas o fato da quinta reeleição.
Já Rosemberg tem contra si justamente o fato de ser do PT, inimigo natural da oposição, e pela fama de o partido ser muito guloso por cargos, o que arrepia os demais.
Contas – Se diz na Assembleia que hoje Rosemberg teria 11 votos contra 52 de Marcelo Nilo. Fechado mesmo ele só tem o PT. Diz contar com ‘a oposição’, mas os oposicionistas falam que se inclinam por Marcelo.
Por Levi Vasconcelos