O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, pediu que os países mais ricos atrasem os programas de vacinação para que os imunizantes sejam entregues a países mais pobres em um primeiro momento. Ele sugeriu que a suspensão temporária seja feita quando a população mais vulnerável e os profissionais de saúde já tenham sido vacinados.
Para Adhanom, apesar do número de imunizados superar o de casos ser uma boa notícia, o fato esconde uma grande desigualdade. Isto porque mais de três quartos destes casos foram registrados em apenas 10 países. Nações como Reino Unido e Canadá, por exemplo, já asseguraram doses suficientes para vacinar toda a população. Em contrapartida, mais de 100 países com 2,5 bilhões de pessoas ainda não possuem nenhuma dose.
”Isso é fundamental porque, enquanto houver uma grande parcela de pessoas sem imunidade, cresce a possibilidade de o vírus sofrer mutações e escapar do efeito das vacinas. E voltaremos à estaca zero”, disse, mas frisando que a ajuda aos outros países deve ser feita após pessoas mais velhas e profissionais de saúde já terem sido imunizadas.