A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta sexta-feira (7/8), durante a entrega de casas populares em Roraima, que ela é uma pessoa que ”aguenta ameaças” e que uma democracia “respeita a eleição direta pelo voto popular”. Além de dificuldades na economia, Dilma passa pela pior crise política desde o início do primeiro mandato, com setores da oposição defendendo o afastamento dela e membros do PSDB pedindo novas eleições. No Congresso, o governo sofre sucessivas derrotas e encontra dificuldades para reunificar a base aliada, que se pulverizou e não é mais garantia para aprovação de matérias na Câmara e no Senado. A popularidade da presidenta também vive o pior momento. Segundo o instituto Datafolha, o governo Dilma tem o maior índice de reprovação (71%) desde a redemocratização do País. ”Sou uma pessoa que aguenta ameaças. Sobrevivi a grandes ameaças à minha própria vida. Uma democracia respeita a eleição direta pelo voto popular. Eu respeito a democracia do meu País. Eu honrarei o voto que me deram”, declarou ela na cerimônia de entrega de um conjunto habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida em Boa Vista. Dilma afirmou que os votos recebidos na eleição do ano passado dão a ela “legitimidade” para governar. A presidenta disse respeitar a democracia porque sabe o que é uma ditadura – Dilma foi presa política e vítima de tortura durante o regime militar. A uma plateia formada em sua maioria por beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida, Dilma informou também que vai se esforçar para garantir a estabilidade política. ”Me comprometo a contribuir e a me esforçar pela estabilidade. O País tem uma democracia e, por isso, devemos respeito entre os poderes, entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciario. E eu me disponho a trabalhar incansavelmente para assegurar a estabilidade política do nosso País”, declarou. Informações do site O Sul